Revitalização da Casa do Artesão resgata história de prédio centenário da Capital

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Fotos: Saul Schramm

A obra de revitalização da Casa do Artesão, que terá um investimento de R$ 2,2 milhões do governo do Estado, vai resgatar e valorizar a história de um prédio centenário em Campo Grande, que desde 1975 passou a ser o ícone e referência do artesanato de Mato Grosso do Sul.

 

Localizado na Avenida Afonso Pena, no cruzamento com a Calógeras, a Casa do Artesão é descrito como o “lar” dos artesãos do Estado pela coordenadora do local, Eliane Torres. Ela destaca que a relação dos artistas é de “amizade e família”, sendo que muitos já conhecem há mais de 20 anos.

 

Eliane descreve que a reforma vai ampliar o número de turistas no local e trazer novamente a população para visitar a casa, que a foi a primeira sede do Banco do Brasil em Campo Grande. “A obra é muito importante e fundamental para o setor. Ela poderá nos ajudar a trazer mais turistas e a própria população”.

 

Trabalhando há 31 anos na Fundação de Cultura e 28 na Casa do Artesão, Torres lembra que o local era muito movimentado na década de 90, tendo inclusive 15 funcionários à disposição para atendimento. “Com um tempo foi diminuindo, mas já houve um movimento melhor neste ano, estamos esperançosos para o futuro”.

 

A coordenadora lembra que muitas escolas faziam excursões para conhecer o local e que ela pretende retomar esta parceria para que os alunos conheçam a história e importância do espaço. “Além dos estudantes, havia três ônibus de turistas por semana que vinham conhecer nossa arte e cultura”.

 

Eliane cita que estão surgindo novos artesãos, que trazem novidades para o espaço. “Aqui sempre foi um ponto de referência para comercialização e exposição de peças dos nossos artesãos, é um ícone do artesanato. Sempre gostei de trabalhar aqui. Adoro e amo o que eu faço.

 

Revitalização e novo momento

A expectativa é que a revitalização do espaço seja um novo momento para o local, que foi construído entre 1918 e 1923. “Foi aqui que passei boa parte da minha vida, período que criei os meus filhos. Comecei no administrativo, depois para o atendimento e agora na coordenação”.

 

O espaço passou pela primeira revitalização em 1990, sendo depois tombado como patrimônio histórico estadual em 1994. Ainda passou por uma pequena reforma em 2003, agora terá uma obra financiada pelo governo. “Esta revitalização é um ponto positivo para manutenção e resgate da Casa e do artesanato em si”, disse Torres.

 

O projeto foi licitado e a responsável pela execução será a Restaura Arquitetura. O principal objetivo dos arquitetos é resgatar a memória das edificações do apogeu da expansão da cidade. Uma das preocupações é respeitar o projeto original do prédio. “Uma obra deste nível é de muita importância e orgulho para todos”.