Com uma arrecadação expressiva de R$ 2 milhões, o 3º Leilão Direito de Viver mostrou, mais uma vez, que quando a solidariedade se une à fé e ao amor ao próximo, vidas são transformadas. O evento beneficente, realizado durante todo este domingo (14), em Campo Grande, teve início marcado por forte emoção: a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, abriu os lotes do leilão e foi arrematada por R$ 100 mil.
O momento ganhou ainda mais significado quando a imagem foi entregue aos compradores por Antônio, um menino de 7 anos, que venceu o câncer após tratamento no Hospital de Amor, em Barretos. A história do pequeno simbolizou o verdadeiro propósito do evento: salvar vidas e devolver esperança a milhares de famílias.
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Além dos animais de grande porte foram arrematadas diversas prendas doadas por celebridades. Entre elas, o chapéu da dupla Xitãozinho & Xororó, um dos destaques do leilão, foi arrematado duas vezes. No primeiro lance, foi vendido por R$ 25 mil e, em um gesto de solidariedade, o comprador optou por doá-lo novamente. O item voltou a leilão e foi adquirido por R$ 14 mil, totalizando R$ 39 mil em arrecadação. Também entre os maiores lances, a camisa da Seleção Brasileira autografada por Ronaldo Fenômeno foi arrematada pelo valor de R$ 21 mil. Já o chapéu autografado pela Boiadeira Ana Castela teve o lance final no valor de R$ 12 mil e do Sorocaba R$ 7 mil. A camisa do Flamengo foi arrematada por R$ 8,2 mil enquanto a do Palmeiras foi vendida por R$ 2,1 mil.
Os convidados também puderam desfrutar de um delicioso almoço, onde o prato principal foi o costelão de chão, e a festa encerrou com chave de ouro com as apresentações musicais de Alisson Lima e da dupla Maria Cecilia e Rodolfo.
O Presidente do Hospital de Amor Henrique Prata destacou que a instituição existe e cresce graças ao amor e à solidariedade. “A única regra que existe na vida é que, se você quer saber o que é a presença de Deus, faça tudo por amor. O tamanho da nossa fé é o tamanho do nosso amor”, disse. Ele também explicou que apenas cerca de 30% das despesas mensais do hospital são cobertas por recursos públicos, enquanto os outros 70% — um déficit aproximado de R$ 47 milhões por mês — dependem exclusivamente de doações e eventos solidários. Em 2024, mais de 950 ações beneficentes ajudaram a manter a rede hospitalar.
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Coordenado por Leandro Tenalia, o 3º Leilão Direito de Viver contou com o apoio da Associação de Voluntários de Combate ao Câncer de Campo Grande (AVCC), além da participação de produtores rurais, empresas, voluntários e parceiros da causa. Em seu discurso, Leandro Tenalia agradeceu emocionando a todos que contribuíram. “Agradeço de coração às pessoas que ajudaram esse evento a acontecer. Contamos com pequenas e grandes ajudas que, quando se unem, fazem um evento bonito como esse”, afirmou.
Solidariedade x Superação
A história do pequeno Antônio, que abriu simbolicamente o leilão, está diretamente ligada ao envolvimento de Leandro Tenalia com a causa. No ano passado, aos seis anos de idade, o menino começou a sentir fortes dores de cabeça e febre e, sob avaliação médica, foi identificado um tumor cerebral que exigia cirurgia urgente, sendo desenganada de que tinha até 30 dias para ser submetido à retirada do tumor. A família é de Campo Grande e o pai do menino, um ex-colaborador de Leandro, recorreu com o pedido de ajuda.
A mãe, Rosimar Santana Alves, conta que o filho internou em Barretos no dia 12 de setembro e passou por cirurgia quatro dias depois. Ele recebeu alta médica no mês passado, após pouco mais de um ano de tratamento. Tudo de forma totalmente gratuita. “O tratamento do meu filho custaria mais de meio milhão de reais, algo que jamais conseguiríamos pagar. Sou muito grata. Meu filho foi cuidado com muito carinho, muito amor, e hoje está curado”, emocionou-se.
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Leandro avalia que o resultado do leilão poderá trazer outras alegrias como a de Antônio. “O meu maior incentivo para trazer de volta os leilões para a capital é esse menino que hoje, pela graça de Deus, está curado e pode voltar a ser criança como deve ser”, afirmou.
Iniciativa privada como aliada do Hospital de Amor
O leilão contou com o apoio de empresas que acreditam na causa. Alessandra, representante da Corpal Incorporadora e Construtora, destacou o compromisso social da família. “Há muitos anos ajudamos a sociedade de várias maneiras. O Hospital de Amor tem uma causa muito nobre, em que confiamos, por cuidar de pessoas que não têm condições financeiras”, afirmou.
Rafael Azambuja, proprietário da Agropecuária Taquarussu, reforçou a importância do engajamento do agronegócio. “Este é o segundo ano que participamos com doações. Precisamos nos unir e trazer o pessoal do agro, que é tão solidário, para eventos como esse, levando um respiro e um acalento às famílias que tanto precisam”, disse.
Com uma arrecadação expressiva de R$ 2 milhões, o 3º Leilão Direito de Viver mostrou, mais uma vez, que quando a solidariedade se une à fé e ao amor ao próximo, vidas são transformadas. O evento beneficente, realizado durante todo este domingo (14), em Campo Grande, teve início marcado por forte emoção: a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, abriu os lotes do leilão e foi arrematada por R$ 100 mil.
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José Antônio, diretor comercial regional da Ihara – Soluções Inovadoras para a Proteção de Cultivos, também destacou o orgulho em participar. “O que esse pessoal faz é fantástico. Dá orgulho de ver. Nossos executivos estiveram no hospital em Barretos e puderam ver de perto o atendimento de excelência oferecido”, comentou.
Sobre o Hospital de Amor
Com sede em Barretos, o Hospital de Amor conta com 41 unidades pelo Brasil com atendimentos gratuitos de prevenção e tratamento ao câncer. Diariamente passam pela rede cerca de seis mil pacientes.
No Mato Grosso do Sul, há unidades em Campo Grande, Nova Andradina e há previsão para 2026 de inauguração de uma terceira, em Dourados. Entre janeiro deste ano e outubro, foram realizados 78,8 mil procedimentos. 75% dos cânceres de colo de útero e mama no estado são diagnosticados pelo Hospital de Amor.







