De Herói a Vilão: Prates protagoniza cena lamentável e mancha sua imagem

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De Herói a Vilão: Prates protagoniza cena lamentável e mancha sua imagem

Print da matéria publicada no GE sobre o trabalho do árbitro (print – tv morena)

O que deveria ser uma partida histórica para o futebol sul-mato-grossense — marcada como possível estreia de um novo calendário de jogos às segundas-feiras à noite — acabou sendo palco de uma das arbitragens mais controversas e criticadas dos últimos anos. O árbitro Everton Moreira Prates, até então aclamado por sua atuação fora das quatro linhas em um projeto social, trocou o papel de herói pelo de vilão na noite desta segunda-feira (22), no Estádio Jacques da Luz, em Campo Grande.

A partida entre Comercial e Maracaju, válida pela reta final da primeira fase do campeonato estadual, tinha tudo para ser o grande jogo da rodada. Com clima decisivo e disputa direta pela liderança, as expectativas estavam altas. No entanto, o protagonista da noite acabou sendo quem deveria apenas conduzir a partida com imparcialidade e responsabilidade.

Atuação desastrosa e erro capital

Desde o apito inicial, Everton Prates demonstrou estar em noite pouco inspirada. Com erros grotescos de interpretação, distribuição excessiva e desordenada de cartões e, sobretudo, omissão em lances de violência, sua arbitragem deixou a partida fora de controle. O meia Lucas Paulista, do Maracaju, foi o exemplo mais claro disso: abusou das jogadas duras sem sofrer a devida punição, inclusive em uma entrada violenta sobre Jefinho, que resultou apenas em cartão amarelo.

Mas o erro capital veio ainda no primeiro tempo. Em um lance polêmico entre o atacante comercialino Fernando e o goleiro Breno, que saiu de forma estabanada do gol, o árbitro optou por punir o atacante com cartão amarelo, mesmo com dúvidas claras sobre a culpa no lance. Já no segundo tempo, aos 4 minutos, novo choque entre os mesmos jogadores — agora sim com falta de Fernando — obrigou Prates a aplicar o segundo amarelo e, consequentemente, a expulsão. Decisão que acabou mudando os rumos da partida.

O “teatro” que chocou o estádio

Com um jogador a menos, o Comercial não resistiu à pressão e sofreu o empate após escanteio finalizado por Torres. A partir daí, o clima esquentou. As reclamações contra a arbitragem aumentaram, e aos 45 do segundo tempo, o momento mais surreal da noite aconteceu.

Após uma reclamação acalorada do meia Esdras, que se aproximou de Prates para protestar, o árbitro simplesmente se jogou no gramado, simulando uma agressão que nunca ocorreu. A encenação causou indignação geral, levando o comentarista da Rádio EsporteMS, Nyelder Rodrigues, a comparar a queda do árbitro a uma “abóbora lançada ao chão”.

A cena, digna de cinema — mas de gosto duvidoso — provocou revolta de jogadores, dirigentes e até da pequena torcida presente no estádio. A polícia precisou intervir, e o que poderia ser um jogo decisivo terminou em confusão, dedo na cara e clima hostil.

De exemplo a decepção

Curiosamente, Everton Moreira Prates ganhou repercussão nacional justamente por seu trabalho fora dos gramados, onde interpreta um personagem que, na calada da noite, ajuda a combater o crime e levar mensagens de esperança às comunidades. No entanto, nesta segunda-feira, o personagem cedeu lugar ao protagonista de um episódio lamentável, que será lembrado não por heroísmo, mas por uma encenação grotesca e uma arbitragem desastrosa.

A Federação de Futebol do Mato Grosso do Sul ainda não se pronunciou oficialmente sobre a atuação do árbitro, mas é inevitável que o episódio gere discussões sobre o nível da arbitragem no Estado e a necessidade de avaliações mais rigorosas.

Enquanto isso, o futebol sul-mato-grossense, que busca se firmar no cenário nacional, amarga uma noite em que o espetáculo foi manchado por quem deveria zelar por sua integridade.

A bom lembrar que a partida terminou empatada em 1 a 1, com as duas equipes ainda em busca da tão sonhada vaga para a temporada 2026, na elite do MS. 

Fonte: esportems.com.br

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