Câmara CG cobra soluções e estuda criação de Fundo de Mobilidade para conter crise no transporte público

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Câmara CG cobra soluções e estuda criação de Fundo de Mobilidade para conter crise no transporte público

Após a paralisação de duas horas realizada na manhã desta quarta-feira (22) pelos trabalhadores do Consórcio Guaicurus, que administra o transporte coletivo de Campo Grande, o presidente da Câmara Municipal, vereador Epaminondas Neto, o Papy, convocou uma reunião de emergência com a Comissão Permanente de Transporte e Trânsito da Casa de Leis para discutir mecanismos que amenizem a crise instaurada no serviço. A ação rápida dos vereadores teve como objetivo avaliar os impactos da paralisação e buscar soluções imediatas para garantir que a população não seja novamente prejudicada.

Durante a reunião, ficou definido que a Câmara vai dar celeridade à elaboração de um Projeto de Lei que cria o Fundo Municipal de Mobilidade e Trânsito, iniciativa que visa assegurar previsibilidade dos repasses e um novo modelo de financiamento do transporte público na Capital. Além do presidente Papy, o encontro reuniu os vereadores Dr. Lívio, presidente da Comissão, além dos membros Ana Portela, Herculano Borges e Silvio Pitu, e os parlamentares Professor Riverton, Leinha, Wilson Lands e Ronilço Guerreiro.

Segundo o presidente Papy, a situação é inadmissível e exige medidas concretas. “A Câmara considera inaceitável qualquer tipo de prejuízo ao usuário do transporte coletivo. A Casa vem acompanhando o problema desde o início, notificando o Ministério Público e cobrando respostas do Executivo. Agora, com o Fundo de Mobilidade, queremos criar um mecanismo de repasse direto e transparente, para que os recursos destinados ao transporte cheguem ao destino sem atrasos”, afirmou Papy. Os vereadores identificaram atrasos de quatro meses nos repasses relativos ao passe do estudante, por parte dos Executivos Municipal e Estadual, totalizando um montante de aproximadamente R$ 9,5 milhões, o que atrasou o pagamento do vale dos funcionários do Consórcio Guaicurus, culminando na paralisação.

Papy destacou que a Câmara não tem se omitido diante da crise. “O Consórcio notificou a falta de repasses em setembro e outubro, e todos os documentos foram encaminhados pela Casa às autoridades competentes, como Ministério Público, Prefeitura e Governo do Estado. A Câmara vem fazendo o seu papel, mas é necessária uma resposta mais enérgica em prol dos usuários. Vamos pedir uma reunião com a prefeita, o consórcio e o sindicato, porque o cidadão não pode continuar sendo penalizado”, completou Papy.

O presidente da Comissão de Transporte e Trânsito, vereador Dr. Lívio, reforçou a posição de defesa da população. “A Câmara Municipal não vai ser refém nem do Consórcio Guaicurus nem da Prefeitura. Nosso compromisso é com o povo de Campo Grande, que está sofrendo com a falta de diálogo entre as partes. O que a CPI já havia apontado se confirma: há falhas dos dois lados, e o usuário é quem mais sofre”, destacou o vereador.

A criação do Fundo Municipal de Mobilidade e Trânsito é uma das medidas estruturais que a Câmara pretende acelerar nas próximas semanas. O projeto prevê que parte da arrecadação de multas de trânsito, estacionamentos regulamentados e outras fontes de receita possa compor um fundo permanente para custear o sistema de transporte público, garantindo estabilidade financeira e eficiência nos repasses.

Com o novo instrumento, a Câmara Municipal busca auxiliar na construção de mecanismos que consolidem um modelo sustentável de financiamento, assegurando que crises como a de hoje não se repitam. “Campo Grande precisa de planejamento e responsabilidade na gestão da mobilidade. A Câmara vai continuar sendo ponte de diálogo e cobrança, sempre ao lado da população”, concluiu o presidente Papy.

Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal

Fonte: camara.ms.gov.br

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