A SED (Secretaria de Estado de Educação) tem investido de forma estratégica na qualidade do ensino e da aprendizagem, acompanhando as transformações do mundo digital e reconhecendo o papel das tecnologias na formação do cidadão sul-mato-grossense.
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Entre as ações que marcam essa nova fase, destaca-se o Programa de Robótica Educacional, implantado em diversas escolas da Rede Estadual de Ensino. A iniciativa busca estimular o pensamento computacional, a criatividade e a resolução de problemas reais, promovendo uma aprendizagem significativa e colaborativa.
A robótica se tornou uma ferramenta essencial para desenvolver habilidades relacionadas ao pensamento científico, crítico e criativo, além da cultura digital, previstas na BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e na BNCC Computação (2022). Por meio dela, os estudantes aprendem a programar, criar protótipos e compreender a aplicação prática da tecnologia em diferentes áreas do conhecimento.
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As escolas contempladas receberam Laboratórios de Robótica Educacional em formato de kits compostos por maletas com peças de encaixe, conectores, motores, pilhas, baterias e sensores. Esses materiais possibilitam a criação de artefatos programáveis, orientados pela intencionalidade pedagógica de cada professor, transformando a sala de aula em um ambiente de experimentação e descoberta.
Professora Rita e seus alunos
A PCPI (Professora Coordenadora de Práticas Inovadoras) Rita de Cássia Lanza explica que o projeto de Robótica Educacional começou em 2022, quando a escola recebeu os kits enviados pelo Estado e participou de uma formação para utilização dos materiais. “Os kits são compostos por controladoras, placas Arduino, sensores de presença, toque e de linha, além de livros didáticos. Com eles, os estudantes constroem diferentes tipos de robôs e desenvolvem projetos que envolvem física, matemática e programação”, detalha.
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Ela reforça que a robótica vai além da ideia convencional de robô, integrando conhecimentos de diversas áreas enquanto estimula criatividade, raciocínio lógico e trabalho em equipe. “Depois da implantação do projeto, observamos melhora no desempenho dos estudantes, principalmente em física, e um entusiasmo maior em aprender”, afirma.
Segundo Rita, a escola se prepara para inaugurar um espaço maker que ampliará as atividades e permitirá realizar o primeiro campeonato interno de robótica, com a participação de jurados da OBR (Olimpíada Brasileira de Robótica).
Caroline e seus colegas nas aulas de robótica
O projeto fortalece também o compromisso da SED com a Política Nacional de Educação Digital, instituída pela Lei Federal nº 14.533/2023, que garante a inserção da educação digital nas escolas. A iniciativa dialoga com o Plano Estadual de Educação, especialmente na meta 7, estratégia 7.15, que propõe o fortalecimento de práticas inovadoras e o uso de tecnologias na educação básica.
A estudante Caroline Lopes Alves da Silva, de 16 anos, conta que o interesse pela robótica surgiu por acaso. “No começo, eu só acompanhava um colega nas aulas, mas acabei gostando. A robótica não estimula só o raciocínio, mas também a criatividade. Às vezes, começo a montar as peças e, de repente, surge uma ideia nova”, relata.
Ela explica que a experiência facilita o entendimento de outras disciplinas, principalmente física e matemática. “Quando a professora usa a robótica como exemplo nas aulas de física, fica muito mais fácil entender. A gente reconhece na teoria o que vivencia nas montagens”, comenta.
Caroline também reflete sobre o uso social da tecnologia. “Os robôs podem facilitar a vida das pessoas, principalmente de quem tem alguma deficiência. Isso mostra como a robótica pode ser usada para o bem”, afirma.
Willer comenta o interesse pela robótica
O estudante Willer Gomes dos Santos, de 17 anos, relata que sempre gostou de montar e desmontar objetos. “Quando cheguei à escola, um colega me convidou para participar do projeto. Aceitei na hora, porque era algo que eu já tinha vontade de aprender”, lembra.
Ele diz que as aulas envolvem criatividade e trabalho em equipe. “Gosto principalmente da parte de montar os robôs. Podemos criar os modelos que quisermos usando as peças dos kits. Já construí um robô de limpeza e aprendi bastante sobre motores e montagem com a ajuda dos colegas”, destaca.
Para Willer, o mais motivador é ver as ideias se transformando em realidade. “É muito legal ver o robô funcionando depois de tanto esforço. A cada aula a gente aprende algo novo e percebe que tudo depende da nossa dedicação”, afirma.
João explica como aprende robótica na Rede Estadual
O estudante João Augusto Rossato da Silva, de 16 anos, conta que o que mais lhe atrai na robótica é a aprendizagem prática e colaborativa. “A robótica é uma aula diferente, porque a gente aprende fazendo. Usamos equipamentos, programamos os robôs e trabalhamos em grupo, o que torna tudo mais divertido e desafiador”, diz.
Ele revela ter facilidade na área de programação, o que o motivou ainda mais a participar dos projetos. “Neste ano, construímos um robô seguidor de linha, que utiliza sensores de cor para identificar o caminho e se mover de forma autônoma. Foi o projeto que mais gostei, porque conseguimos aplicar o que aprendemos sobre lógica e tecnologia”, explica.
Mais do que uma ferramenta tecnológica, a Robótica Educacional funciona como ponte entre teoria e prática, despertando protagonismo e estimulando o aprendizado baseado na curiosidade, cooperação e experimentação.
Dessa forma, a SED consolida uma educação conectada ao futuro, na qual os estudantes não apenas consomem tecnologia, mas aprendem a criá-la e transformá-la em soluções reais para o mundo ao seu redor.







