Clínica veterinária da Capital utilizava produtos vencidos há nove anos

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Inúmeras irregularidades foram constatada em clínica veterinária localizada na rua Francisco dos Anjos, bairro Universitário, durante diligência realizada por equipe de fiscalização da  Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor – Procon/MS, órgão integrante da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – Sedhast, em conjunto  com integrantes do Conselho Estadual de Medicina Veterinária –CRMV, na quarta-feira (04), atendendo a denúncias de consumidores.

Medicamentos, equipamentos e produtos utilizados em  intervenções cirúrgica em pequenos animais estavam sendo utilizados irregularmente devido a uma série de problemas como é o caso de  prazo de validade expirado, alguns em 2.012, como é o caso de fios para sutura de diversos tipos e marcas. Também foram encontrados medicamentos  sem quaisquer especificações, principalmente  de origem ou data de fabricação.

No local existia, ainda, a prática de publicidade enganosa o que poderia induzir o consumidor a erro quando da necessidade de aquisição de  produtos diversos para aplicação em animais de sua propriedade. Em se falando de irregularidade, flagrou-se casos  em que animais que deveriam ser  encaminhados à clinica eram recebidos em residência próxima, por pessoa que, sem qualquer habilitação para tal,  fazia prescrição de medicamentos e dava orientação aos proprietários de animais. Ressalta-se que se trata de  servidora pública, lotada na Subsecretaria de Políticas para a Juventude, prestando serviços em horário que deveria ser de expediente.

Entre os produtos irregulares e que foram danificados e descartados pela fiscalização do Procon Estadual juntamente com do CRMV/MS, destaque para 256  embalagens  de fios  para  sutura de fabricação a apresentação diversas, entre eles, vários com validade expirada desde  2 012. E não fica por aí. Havia medicamento, Ivergard por exemplo, vencido desde  2 013 e  agulhas cirúrgicas  com vencimento em 2 014.

Seringas e outros instrumentos para anestesia, no total de 62, além de  vencidas, vários estavam expostos  sobre a mesa de cirurgia onde, segundo os próprios funcionários da clínica  poderiam ser realizadas mais de uma intervenção simultânea. Também, entre os vencidos, foi encontrado oxigênio medicinal, gel anti-inflamatório e soro fisiológico.

Em relação à publicidade enganosa, consta a  prescrição de um  composto veterinário que poderia ser utilizado no combate à leishmaniose e que, na  realidade  não possui eficácia. Para tal tratamento apenas o Milteforan é indicado sendo reconhecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Devido às irregularidades  constatadas, os responsáveis pelo estabelecimento foram autuados e terão prazo para apresentarem defesa, devendo  o Procon Estadual arbitrar multa independentemente do que  for decidido pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária.