A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul anunciou, na tarde desta quinta-feira (9), que não vai indiciar a professora que foi investigada por abuso sexual, em uma escola particular, em Campo Grande. O depoimento das crianças foi essencial na investigação.
Conforme a delegada Fernanda Mendes, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), todas as crianças passaram por depoimento especial. Em nenhum dos casos, as vítimas relataram qualquer tipo de crime. A investigação foi dividida com o delegado Marcelo Damasceno.
A delegada destacou que esse tipo de depoimento é uma das partes mais importantes da investigação, já que a criança é ouvida por um psicólogo especializado e não é sugestionada ou induzida.
A Depca detalhou que fez uma investigação profunda, tanto em computadores e celulares da professora investigada, quanto do marido. Não houve nada que levasse a crer que os dois ou um deles tivesse cometido abusos.
Ainda segundo a delegada, um policial ficou responsável por conferir – segundo a segundo – as imagens referentes a 15 dias de gravação do circuito interno da escola. Inclusive, imagens câmeras instaladas nos banheiros da unidade foram analisadas. No entanto, somente a câmera do banheiro masculino foi observada.
Fernanda Mendes destacou que, apesar de as imagens das câmeras do banheiro feminino não estarem disponíveis, quem leva as crianças aos banheiros, em geral, são os professores auxiliares. Neste caso, a professora investigada era a regente da classe.
Foram cinco denúncias de pais contra a professora, sendo quatro de estupro de vulnerável e uma por maus-tratos.
De acordo com os delegados, a professora deixa a condição de investigada. A docente está afastada das atividades na escola, desde que os pais denunciaram o caso à polícia.