Marquinhos pede para depor sobre as denúncias de assédio apenas depois das eleições e pedido é negado pela Justiça

Candidato ao governo do Estado teve pedido de habeas corpus negado

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O candidato ao Governo do MS, Marquinhos Trad, do PSD, não teve pedido de habeas corpus atendido e segue obrigado a depor sobre casos de abusos sexuais, na Delegacia da Mulher, nesta sexta-feira (23), em Campo Grande.

Trad, alvo de um inquérito policial, é acusado de assédio sexual. O depoimento dele estava marcado para o dia 21 de setembro, mas ele não compareceu. Ele foi intimado novamente e a oitiva ficou agendada para a manhã desta terça-feira.

Ocorre que o ex-prefeito acionou a Justiça Eleitoral, com o pedido para depor somente após as eleições. Ele alega que o caso estaria sendo explorado negativamente contra ele, tanto por meio da Polícia Civil, com vazamento de informações, quanto pela imprensa, e isso fere o equilíbrio eleitoral.

No entanto, o juiz Wagner Mansur Saad, do TRE-MS, entendeu que o pedido de habeas corpus não é passível de análise na Corte, já que não tem relação direta com as eleições ou a candidatura dele.  O magistrado até sugeriu que ele procurasse outro ramo da Justiça para fazer o pedido, não a Eleitoral.

A decisão de Wagner foi registrada no sistema do Tribunal na noite desta quinta-feira (22), por volta das 19h30. O espaço está aberto para manifestação da defesa do candidato Marquinhos.