Homem que estuprou e matou criança já tinha sido denunciado por agredir filha

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Foto: Silas Lima

Maikon Araújo Pereira, acusado de estuprar e matar uma criança de 11 anos, na noite desse domingo (11), no bairro Nossa Senhora das Graças, em Campo Grande, havia sido denunciado no Conselho Tutelar após agredir e morder a perna da própria filha.

Em conversa com o TopMídiaNews, a ex-cunhada do acusado, Vanessa Batista dos Santos Silva, de 27 anos, relatou que há cinco meses foi até o Conselho Tutelar para relatar o caso, porém, nada foi feito.

“A conselheira me disse que não poderia ouvir minha sobrinha, que primeiro teria que fazer uma visita na casa, ir para DEPCA [Delegacia Especializada na Proteção à Criança e ao Adolescente]. Ou seja, cadê a Justiça?”, contou.

Ela afirmou, ainda, que à época dos fatos, a irmã dela, esposa de Maikon, e que estava grávida, foi agredida violentamente e quase perdeu a vida e o bebê.

“Tem foto do rosto da minha irmã que está irreconhecível. Cadê o Conselho Tutelar nisso? Se ele já tinha agressão contra duas menores há cinco meses, por que ele não estava preso? Ele agrediu a minha irmã grávida, ele quase a matou e o bebê. Ele é um monstro. Foi preciso uma criança morrer para isso acontecer”, desabafou.

Outra testemunha, que preferiu não se identificar, relatou que o suspeito torturava as crianças que moravam com ele, as obrigando a comerem alho e cebola crus, caso quisessem ganhar uma bolacha que ele tinha nas mãos.

O crime

A mãe da vítima saiu de casa, na noite desse domingo (11), para beber em um bar. Ela deixou a filha, de 11 anos, cuidando de outras crianças, mais novas.

Durante a ausência da mulher, um homem, identificado como Maikon Araújo Pereira, entrou no local, estuprou e matou a vítima. Ele fugiu do local e só foi preso nessa segunda-feira.

Ao retornar para casa, a mãe chamou pela filha no portão da frente. Como não foi atendida, entrou pelos fundos e viu a criança caída. Ela gritou e uma equipe médica foi acionada. Houve tentativa de reanimação por uma hora, mas a vítima não resistiu.

A mãe, dizem testemunhas, aparentava estar embriagada e ficou extremamente agressiva, precisando ser contida pelas equipes policiais.

Ela foi presa por abandono de incapaz. Após passar por audiência de custódia, a mulher teve a prisão preventiva decretada e será transferida para um presídio da Capital.