A Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) completa nesta segunda-feira (3) o seu jubileu de prata. Há 25 anos a Fundect tem apoiado pesquisadores, programas de graduação e pós-graduação, projetos e negócios inovadores que mudaram os rumos de Mato Grosso do Sul.
Em 1998, no ainda jovem Mato Grosso do Sul, a pesquisa como conhecemos era algo a ser ainda construído. As Universidades estavam surgindo, os centros de pesquisa eram incipientes ou mal existiam, o quadro de profissionais qualificados para realizar pesquisas era pequeno e poucos programas de pós-graduação estavam em funcionamento ou ainda sendo planejados.
Neste contexto, que perdurou nos anos 70, 80 e início dos anos 90, o governador Wilson Barbosa Martins, motivado pela necessidade de modernizar Mato Grosso do Sul, formar pessoas e promover o desenvolvimento, criou a Fundect.
Segundo o diretor-presidente da Fundect, Márcio de Araújo Pereira, no ano em que são comemorados os 25 anos da instituição, a fundação se consolida como referência nacional em ciência e tecnologia, pelos resultados alcançados até aqui, aliados ao expressivo volume de investimentos.
“Mesmo durante momentos em que a ciência, nacionalmente, sofreu desvalorização, a Fundect organizou o Fórum Confap, que reuniu no Estado os principais nomes da ciência nacional para pensar o futuro do país na área. Os investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação em Mato Grosso do Sul, nos últimos 8 anos, somam mais de R$ 180 milhões. Esse montante representa 66% de todo o valor investido na história da Fundect desde que foi criada”, completa.
Em parceria com a Finep e o CNPq, a Fundect investiu quase R$ 14 milhões de reais para novas startups e indústrias através do Centelha MS, TecNova e outros programas de inovação. Destinou ainda mais de R$ 1 milhão para apoiar projetos de empreendedores nas áreas de Bioinsumos, Tecnologia de Alimentos e Tecnologia para a Sustentabilidade do Agronegócio. Na área da saúde foram destinados R$ 14,8 milhões à Fiocruz para a instalação de uma Plataforma de Pesquisa Científica em Mato Grosso do Sul.
A Fundect também incentiva e apoia a busca pela igualdade de gênero na ciência. A Chamada Mulheres na Ciência Sul-Mato-Grossense aportou R$ 2 milhões em 26 projetos liderados por pesquisadoras mulheres.
Márcio de Araújo Pereira, diretor-presidente da Fundect, lembra ainda que a Fundação assumiu destaque nacional ao lançar o edital do programa MS Carbono Neutro, destinando R$ 8 milhões a 20 projetos de pesquisa para a redução das emissões de Gases do Efeito Estufa. Além disso, a Fundect lançou o edital ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas), no qual são apoiados 68 projetos, com um montante de R$ 10 milhões, para ajudar o Estado no desafio de crescer de forma sustentável.
Durante os 25 anos, por meio da fundação, as principais universidades do Estado obtiveram recursos para estruturação de laboratórios, abertura e consolidação de cursos, formação de profissionais e construção de uma ciência mais forte.
Recentemente foi lançado o terceiro edital do Programa de Iniciação Científica e Tecnológica a alunos do ensino médio – o PICTEC – que vai beneficiar estudantes de 140 escolas estaduais e 60 escolas federais de Mato Grosso do Sul.
O valor do investimento para 2023 é de R$ 5,7 milhões. São mil bolsas no total no valor de R$ 400 para os estudantes do ensino médio e de R$ 800 para os professores orientadores. As inscrições para o PICTEC estão abertas até o dia 9 de julho.
Em ações como estas a Fundect consolida seu papel na aproximação entre a comunidade científica e a sociedade, promovendo o diálogo e a construção de soluções conjuntas para os desafios do aEstado e do País.
Maristela Cantadori e Paulo Ricardo Gomes
Foto capa: Edemir Rodrigues/arquivo