''Coração está paz'', diz mãe de Matheus após condenação de Jamilzinho

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''Coração está paz'', diz mãe de Matheus após condenação de Jamilzinho

”Coração está em paz”. Esta foi a frase dita por Cristiane Coutinho, mãe do estudante Matheus Coutinho Xavier, assassinado em 2019. Ela viu os três réus pelo crime serem condenados, a penas que somam mais de 60 anos de cadeia. 

Cristiane, que é advogada, atuou como assistente de acusação do Ministério Público Estadual. 
Foram julgados Jamil Name Filho, o ex-guarda civil metropolitano, Marcelo Rios e o policial civil aposentado, Vladenilson Olmedo.

Jamil Name Filho pegou 23 anos e meio de prisão; á Marcelo Rios pegou 23 anos de prisão. Vladenilson foi condenado a 21 anos e seis meses de prisão. 

Pai ironizou ameaças de Jamilzinho contra autoridades. (Foto: Silas Lima)

Pai

Paulo Roberto Teixeira Xavier, o ”PX”, pai de Matheus também celebrou a condenação, mas ponderou que pena nenhuma vai trazer o filho dele de volta. 

PX ironizou a fala dada por Jamilzinho, quando ele foi preso, ainda em 2019 e teria dito que, se fosse incriminado, iria se vingar ”de picolezeiro a governador”.

”De picolezeiro a governador, todos ajudaram na condenação dessa milícia”, disse Paulo após a leitura da sentença. 
Paulo Roberto diz esperar novas condenações do grupo criminoso e que, a partir dessa sentença, outras pessoas que foram vítimas da milícia passem a denunciar os crimes. 

”A partir ddesse momento nosso estado vai se desenvolver mais, com estado mais justo para as famílias”, refletiu PX. 

O caso 

Jamil Name Filho, Vladenilson Daniel Olmedo e Marcelo Rios são julgados como mandantes da morte de Matheus Xavier Coutinho, 17 anos. Ele teria sido assassinado por engano, no lugar do pai, o ex-policial militar Paulo Roberto Xavier.
Juanil Miranda Lima e José Moreira Freires, o Zezinho, seriam os executores do plano. A briga entre a família Name e Paulo Xavier, também conhecido como PX, ocorreu porque o ex-policial trabalhava para os acusados, mas depois foi fazer segurança para o advogado Antônio Augusto.

A família Name, então liderada por Jamil Name, falecido aos 82 anos, teria rixa com Antônio Augusto por conta da titularidade da Fazenda Figueira, em Bodoquena, que tem alto valor financeiro. Ele fez a transferência da propriedade para Associação das Famílias para Unificação da Paz Mundial.

PX chegou a dizer que foi intimado a deixar a cidade antes da morte de Matheus, por ter se tornado inimigo do clã Name. Durante a investigação, os policiais descobriram que um técnico de informática atuou como ”hacker” e ajudou a monitorar Paulo Roberto em tempo real por vários dias.

No final da tarde de 9 de abril de 2019, os executores viram uma caminhonete S-10 sair da garagem da casa e abriram fogo, inclusive com uma metralhadora AK-47. Ao invés do pai, Matheus dirigia o veículo para buscar o irmão na escola.

O rapaz foi baleado e socorrido por Paulo Roberto. Ele viu uma equipe do Corpo de Bombeiros atendendo um acidente de trânsito na Avenida Mato Grosso e gritou por socorro. Matheus foi levado para a Santa Casa, mas não resistiu.

Mais três réus deveriam participar do julgamento. Jamilson Name, que morreu no Presídio Federal de Mossoró, RN, por problemas de saúde, e Zezinho, que faleceu em confronto policial. Juanil é considerado foragido.

A acusação é formada pelos promotores Luciana do Amaral Rabelo, Moisés Casarotto, Gerson Eduardo de Araújo e Douglas Oldegardo. Mãe de Matheus, a advogada Cristiane Almeida Coutinho atua como assistente de acusação no processo.

 



Fonte: Top Mídia News