O deputado federal Marcos Pollon foi um dos mais de 80 parlamentares que assinaram o pedido de impeachment contra o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), protocolado ontem.
Durante discurso no 59° Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), realizado em Brasília no dia 12 de julho, o ministro afirmou: “nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo”.
No pedido, a justificativa de que a fala demostra uma atividade político-partidária e o crime de responsabilidade, segundo a Lei do Impeachment, Lei 1.079.
Para o deputado Pollon, tal atitude é grave e mostra o partidarismo, a falta de imparcialidade, o que é incompatível com a função que exerce. “A declaração do Ministro Barroso é uma confissão e um reconhecimento de culpa. Trata-se de uma evidência de que houve um projeto de interferência no processo democrático”.
Pollon ressaltou que essa atividade político-partidária é inconstitucional. “É algo totalmente absurdo e antidemocrático, que tem que ser separado, ou perderemos o estado democrático de direito e seremos condenados à uma ditadura”.