Relatório de Investigação da Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul conclui que a motorista envolvida em uma briga de trânsito com o ex-chefe da Polícia Civil, Adriano Garcia Geraldo, em fevereiro do ano passado, é responsável por suas ações.

De acordo com o relatório, a abordagem policial realizada pelo delegado, que inicialmente foi questionada, foi confirmada como legítima e necessária para proteger outras pessoas de um possível risco maior. O documento aponta que várias viaturas da Polícia Militar foram rapidamente acionadas ao local após a sirene e os sinais luminosos da viatura do delegado serem ativados.

A motorista foi acusada de desobediência ao não atender ao comando do ex-delegado-geral quando percebeu que estava sendo abordada pela polícia. O relatório afirma que ela conduzia o veículo de forma anormal, invadindo a faixa de rolagem e ignorando ordens de parada, além de ter saído do veículo quando foi abordada, infringindo o Código de Trânsito Brasileiro.

Apesar de haver uma câmera dentro do veículo que poderia ter registrado a confusão, o cartão de memória estava corrompido, levantando a suspeita de que a motorista tentou destruir provas. No entanto, essa hipótese não foi confirmada por todas as testemunhas.

O ex-chefe da Polícia Civil entregou seu cargo após o episódio e destacou que agiu de acordo com seu dever legal para evitar prevaricação. O crime de injúria, que a motorista poderia ter cometido ao mostrar o dedo do meio para o delegado, não foi objeto de queixa-crime.

O advogado de defesa da motorista contestou as conclusões do relatório, afirmando que não há provas de crime e que a abordagem policial foi inadequada. O caso agora está sob análise do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, que deverá se manifestar sobre a acusação penal. O episódio ocorreu em fevereiro de 2022 e mobilizou diversos policiais, tendo grande repercussão na época.

 

 

Da redação com informações do Primeira Página