PF desarticula organização que planejava golpe e assassinatos de Lula e Alckmin

0
16

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (19), a Operação Contragolpe, para desmantelar uma organização criminosa composta por militares da ativa, da reserva e um policial federal. O grupo teria planejado um golpe de Estado em 2022, visando impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de atacar o Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre os alvos da operação estão o general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário-executivo no governo Bolsonaro, e outros militares especializados em operações especiais, apelidados de “kids pretos”. Também foi preso o policial federal Wladimir Matos Soares.

Plano “Punhal Verde e Amarelo”

A investigação revelou o planejamento denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes. O plano detalhava o uso de técnicas militares avançadas, incluindo sabotagens e a criação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para gerir os conflitos que se seguiriam.

A data de execução seria 15 de dezembro de 2022.

Cumprimento de mandados

A operação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares. As ações ocorreram no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal, com apoio do Exército Brasileiro.

Dados de Mauro Cid

Os avanços nas investigações vieram após a Polícia Federal recuperar, com um software israelense, arquivos apagados de dispositivos eletrônicos do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. Esses dados teriam atrasado a conclusão do inquérito, mas trouxeram novas provas sobre a suposta trama golpista.

A operação é mais um desdobramento do inquérito que investiga atos contra a democracia após as eleições de 2022.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui