O advogado, radialista e ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, manifestou repúdio, segundo ele, à falta de ação das autoridades no caso do assassinato da jornalista Vanessa Ricarte. Bernal procurou a equipe do Manchete Popular para comentar sobre o assunto e expressar sua indignação.

Segundo Bernal, Vanessa procurou a Delegacia de Polícia Civil e solicitou medidas de segurança, mas não obteve resposta. Posteriormente, ao retornar para casa, encontrou o ex-noivo, um músico com histórico de agressões, que a matou.

O ex-prefeito lamentou o ocorrido e, sem citar nomes, criticou as manifestações tardias de autoridades. “Agora emitem notas e fazem cara de choro, mas nada fizeram para evitar essa tragédia”, declarou.

Bernal destacou sua atuação na defesa das mulheres, lembrando a criação do Conselho Municipal da Mulher quando vereador, sua participação na estruturação de delegacias especializadas e, como prefeito, a inauguração da primeira Casa da Mulher Brasileira do país. Ele também mencionou a implementação da Patrulha Maria da Penha na Guarda Municipal e do “Banco Canindé”, programa de crédito para vítimas de violência.

A população, segundo Bernal, está indignada com a violência e exige ações efetivas para a proteção das mulheres.

O caso

Vanessa Ricarte faleceu na madrugada desta quinta-feira (13), na Santa Casa de Campo Grande, após ser esfaqueada pelo ex-noivo na tarde de quarta-feira (12), na Rua Júlio Dittmar, no Bairro Vila Rica. A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros em estado gravíssimo, mas não resistiu aos ferimentos.

O autor do crime, Caio Cesar Nascimento, possuía 11 passagens pela polícia por agressão, inclusive contra a própria mãe. Ele atacou Vanessa após a jornalista registrar um boletim de ocorrência por violência doméstica contra ele. Ao retornar para casa, Vanessa pediu que ele deixasse o imóvel, momento em que foi atacada. O agressor foi preso e levado à delegacia, e a faca utilizada no crime foi apreendida.

O caso gerou forte mobilização entre profissionais da imprensa e autoridades, que cobram justiça e medidas mais rígidas para combater a violência contra as mulheres.

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