Monitoramento ampliado do Índice de Qualidade, novo laboratório móvel e estratégias do Comitê de Fluoretação fortalecem a regulação e as políticas públicas que unem saneamento e saúde.
Na semana em que se comemora o Dia Mundial da Água – 22 de março – o consumidor de Mato Grosso do Sul pode celebrar os resultados da atuação da Agência Estadual de Regulação (AGEMS) no monitoramento sobre os parâmetros físicos, químicos e microbiológicos da água para consumo humano. A avaliação do IQA – Índice de Qualidade da Água – é hoje tão importante que seus valores e os procedimentos de monitoramento são regulamentados por uma Resolução conjunta entre a Agência e a Secretaria de Estado de Saúde, reforçando normatização do Ministério da Saúde.
A norma estabelece que o IQA somente é considerado satisfatório para resultados acima de 90.
Foto: Comunicação Sanesul – agenciadenoticias.ms.gov.br
A metodologia adotada envolve a avaliação de dados sobre as características da água potável coletada em pontos estratégicos do sistema de abastecimento. O trabalho abrange os 68 municípios atendidos pela Sanesul e o Sistema Autônomo de Água e Esgoto de Cassilândia (SAAE), por meio de convênio.
“É um trabalho muito transparente. O próprio consumidor tem acesso aos resultados, que são divulgados na fatura. O foco é sempre o de promover melhoria, elevar a qualidade, porque isso significa saúde pública”, destaca o presidente da Agência, Carlos Alberto de Assis.
Nós últimos monitoramentos foram identificados alguns resultados como insatisfatórios, principalmente em localidades de distritos, que são mais afastados das sedes municipais.
“Assim, a AGEMS solicitou e está monitoramento as ações de contingência propostas pelo prestador do serviço, visando melhorar o indicador”, conta o coordenador da Câmara Técnica de Saneamento, Leandro Caldo.
Inovação
Um projeto da Agência Reguladora em andamento promete trazer grande inovação à estrutura fiscalizatória do IQA, implantando um laboratório móvel. Já está aberto um Chamamento Público para a prospecção de mercado visando a viabilização de um veículo adaptado para a realização dessa atividade. E já existe investimento garantido, por meio de emenda parlamentar da bancada federal e contrapartida do Governo do Estado.
“Será um veículo totalmente adaptado para esse trabalho especializado. Vai nos dar mobilidade em campo e ampliar a capacidade de fiscalização e monitoramento da qualidade da água potável em pontos estratégicos”, revela a diretora de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos, Iara Marchioretto.
Flúor
Dentre os parâmetros monitorados no IQA está o de flúor.
A fluoretação da água é considerada uma das estratégias mais eficazes para a prevenção da cárie dentária. Ele atua diretamente no fortalecimento do esmalte dentário, criando resistência à desmineralização causada por ácidos gerados na fermentação de carboidratos pelas bactérias presentes na cavidade oral.
Essa é uma medida de saúde pública amplamente reconhecida e recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde. No estado, a fluoretação é obrigatória em sistemas que possuem Estação de Tratamento de Água onde o abastecimento é por manancial, como rios e córregos.
Onde existem poços é opcional ao prestador de serviço adicionar flúor, mas a ideia do Comitê de Monitoramento da Fluoretação da Água para o Consumo Humano, que tem participação da AGEMS, é ampliar esse procedimento, pois os benefícios são muitos.
Nesta semana, o colegiado está realizando o 1º Encontro Estadual de Fluoretação da Água para Consumo Humano em MS, com a discussão de práticas de saúde pública, desafios e regulamentações estratégicas para acelerar a implantação em sistemas ainda não atendidos.
Foto destaque: Edemir Rodrigues – Agência de Notícias MS
Fonte: AGÊNCIA ESTADUAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE MS