A declaração do governador Eduardo Riedel (PSDB) em apoio à anistia dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro gerou forte tensão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, nesta quarta-feira (8). O assunto dominou os debates e expôs divergências dentro da base governista.
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Durante a sessão, a deputada estadual Gleice Jane (PT) usou a tribuna para criticar o posicionamento do governador. Em resposta, o deputado João Catan (PL) fez provocações e apelidou Riedel de “BI”, em referência à sua suposta postura de atuar politicamente entre a esquerda e a direita.
“Eu acredito que o governador Eduardo Riedel é BI, ele está se comportando dentro da esquerda e dentro da direita, é bipartidário”, afirmou Catan. Ele também questionou a forma como o governador manifestou apoio aos bolsonaristas: “Ele não pode fazer uma sinalização dessa que ofende vossas excelências, demonstrar apoio e não se comprometer integralmente com essa defesa”.
Catan ainda criticou a permanência do PT em cargos no governo estadual: “O governador concede espaço ao PL, e o PT continua com dez secretarias executivas. Se o enfrentamento ao governo é real, então que peçam exoneração e assumam essa postura com firmeza”. Os comentários do deputado provocaram risos e aplausos no plenário, principalmente entre apoiadores do bolsonarismo.
O parlamentar também se colocou como único representante da oposição na Casa: “Desde que eu tô aqui na Assembleia, oposição mesmo tô fazendo eu, apanhando e com muito orgulho, defendendo os valores que vossa excelência na tribuna tá dizendo defender”.
O Partido dos Trabalhadores divulgou uma nota de repúdio à fala do governador, mas não anunciou a entrega dos cargos que ocupa no Executivo estadual.
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