Em um depoimento marcado pela frieza e ausência total de remorso, João Augusto Borges, de 21 anos, confessou nesta terça-feira (27) o assassinato da companheira e da própria filha, um bebê de apenas 10 meses. Preso pelo crime, ele relatou os detalhes durante o interrogatório. Os corpos das vítimas, completamente carbonizados, foram encontrados durante a madrugada em um terreno baldio no bairro Indubrasil, em Campo Grande (MS).
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Durante o interrogatório, o suspeito — que mantinha relacionamento com a mulher assassinada — admitiu ter cometido os homicídios. Segundo ele, a principal motivação foi o desejo de encerrar o relacionamento e evitar o pagamento de pensão alimentícia. “Cansei, sinceramente cansei do relacionamento e não queria pagar pensão”, declarou friamente aos investigadores.
Ao ser questionado sobre o assassinato da própria filha, uma criança com cerca de um a dois anos, o homem tentou minimizar a motivação financeira, alegando ter sido “influenciado” por uma colega de trabalho. Ele, no entanto, não detalhou que tipo de influência teria sofrido e afirmou que ela “não pediu diretamente” o assassinato da criança.
O tom da confissão chocou até os policiais mais experientes. Segundo relatos, o suspeito permaneceu impassível durante todo o depoimento, inclusive ao falar da filha. “Não demonstrou arrependimento em nenhum momento”, disse um dos investigadores.
Os corpos foram encontrados em meio a uma área de vegetação que ainda estava em chamas na chegada da perícia. A identificação oficial das vítimas segue em andamento.
A Polícia Civil trata o caso como duplo homicídio qualificado, com agravantes como motivo fútil, feminicídio e infanticídio. O inquérito segue em sigilo, e novas diligências estão sendo realizadas para apurar se há outros envolvidos.
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