Francisco Cuoco: ator se popularizou na teledramaturgia

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Francisco Cuoco: ator se popularizou
na teledramaturgia

Apesar de sua carreira de ator no teatro e também no cinema, foi a teledramaturgia que fez de Francisco Cuoco, falecido nesta quinta-feira (19), um dos galãs mais populares do país.

O artista esteve em mais de 20 novelas interpretando galãs em diversas produções televisivas entre as décadas de 1960 a 1990, com forte presença em novelas da Rede Globo, onde trabalhou com  grandes nomes e fez muitos amigos.

Mas ele estreou profissionalmente no teatro, em 1958, ao lado de Fernanda Montenegro e Sérgio Britto, na peça “A Muito Curiosa História da Virtuosa Matrona de Éfeso”, com direção de Alberto D’Aversa, fazendo um gladiador que já entrava morto em cena. Não tinha falas.

No ano seguinte, acompanhou Montenegro e Britto na formação do Teatro dos Sete, companhia que contava ainda com o diretor Gianni Ratto e o ator Ítalo Rossi, entre outros profissionais.

A primeira novela foi “Marcados pelo Amor”, em 1964, na TV Record. E aí ele começou a ser realmente conhecido pelo grande público, pelo alcance das novelas. 

Em 1966, Cuoco protagonizou a novela “Redenção”, de Raimundo Lopes, um grande sucesso na época.  Dois anos depois, fez pela primeira vez par romântico com a atriz Regina Duarte em “Legião dos Esquecidos”, do mesmo autor, na TV Excelsior.

Os dois reapareceram como casal em outros títulos, entre elas, “Selva de Pedra”(1972), um dos maiores sucesso de audiência da Globo, com enredo dramático e policialesco.

Outros personagens carismáticos e marcantes de Cuoco incluem Carlão, taxista de “Pecado Capital”(1975), e o charlatão Herculano Quintanilha, em “O Astro” (1977), de Janete Clair.

O enredo de “O Astro” ganhou nova versão em 2011, com Cuoco assumindo papel secundário na trama.

O ator seguiu na TV e fez dois papéis em “O Outro” (1987), de Aguinaldo Silva, interpretando o empresário Paulo Della Santa e seu sósia, Denizard de Mattos.

Por conta do trabalho na TV, nos anos 1990, Cuoco passou longo período longe dos palcos, mas reaproximou-se das artes cênicas em 2004, com “Três Homens Baixos”, de Rodrigo Murat, um besteirol em que amigos debochavam dos próprios problemas sexuais e das crises derivadas da maturidade.

O ator voltou a subir ao palco em “Circuncisão em Nova York”, em 2008, com texto de João Bethencourt. Depois, em 2009, ao lado de Fernanda Torres, fez “Deus é Química”.

Em 2013, protagonizou “ Uma Vida no Teatro”, com texto de David Mamet e direção de Alexandre Reinecke.

No cinema, fez “Traição” (1998), filme de José Henrique Fonseca e Arthur Fontes, “Gêmeas” (1999), de Andrucha Waddington, “Um Anjo Trapalhão” (2000), de Alexandre Boury e Marcelo Travesso, e “Cafundó” (2005), de Clóvis Bueno e Paulo Betti.

Também se arriscou como cantor, gravando o disco romântico “Solead” (1975). Gravou ainda o CD “Paz Interior”, com 16 orações católicas.

Por seus trabalhos, Cuoco recebeu diversos prêmios, entre eles um  APCA, um Arte Qualidade Brasil e quatro  Troféus Imprensa.

Fonte: gente.ig.com.br

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