A religião segue sendo um dos pilares mais fortes da identidade do eleitorado sul-mato-grossense. A pesquisa do IPEMS mostrou que 86,69% dos entrevistados se declaram católicos (48,72%) ou evangélicos (37,97%). Apenas 10,09% disseram não ter religião, enquanto outras crenças como Umbanda, Espiritismo e Candomblé aparecem com menos de 2% das respostas.
A distribuição varia conforme a região: o catolicismo é predominante no interior, enquanto o evangelismo tem crescido com força entre os mais jovens e moradores da capital. Essa diferença regional reforça a necessidade de mensagens políticas adaptadas ao perfil cultural de cada localidade.
Além da fé, a religião define valores e posturas sociais. Em um estado conservador como Mato Grosso do Sul, pautas como família, segurança e educação são frequentemente associadas à religiosidade. Portanto, candidatos que ignorarem essa dimensão correm risco de rejeição ou baixa adesão, especialmente nas cidades menores.
A fé influencia o voto não apenas por convicção pessoal, mas também pelo poder das lideranças religiosas, que muitas vezes orientam politicamente suas comunidades.