Projeto chega à segunda edição aproximando famílias vulneráveis de benefícios garantidos por lei e fortalecendo a inclusão social
A manhã ensolarada e de temperatura amena desta terça-feira (12) teve mais que aulas e brincadeiras para as crianças que estudam na Associação Juliano Varela, na Capital. A unidade recebeu a segunda edição do projeto AGEMS Inclusiva, iniciativa da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos que está levando a famílias vulneráveis atenção e informação sobre direitos e acesso a diferentes benefícios.
Para os pequenos estudantes, balões coloridos, interação, sorrisos.
Para os educadores e mães que participam de projetos especiais na própria escola enquanto aguardam o fim do turno escolar, orientações valiosas que ajudam a conseguir atendimentos e benefícios garantidos por lei envolvendo serviços que a Agência fiscaliza. A equipe falou sobre o papel da AGEMS e temas como tarifa social de energia e gratuidade para pessoa com deficiência e acompanhante no transporte intermunicipal.
“Muitas vezes essas informações não chegam às populações mais vulneráveis. É fundamental que elas saibam, por exemplo, como conseguir uma carteirinha, como ser acompanhante de criança com deficiência para viajar ou como ter um desconto na conta de luz — algo que faz muita diferença no orçamento da família”, destacou o diretor-presidente Carlos Alberto de Assis.
A ouvidora Cristiane Leite e toda a equipe de atendimento foram recebidas com entusiasmo pela direção, professores, familiares e estudantes. Assim como o AGEMS perto de você, a AGEMS Inclusiva sai da sede da agência e vai até a comunidade, levando a oportunidade das famílias conhecerem os procedimentos, documentos e canais para acessar direitos.
“Nós percebemos aqui o carinho da escola com a nossa proposta. Nós brincamos com as crianças, passamos informações pessoalmente a muitas mães, e contamos com o apoio dos professores para colocar nas mochilas os panfletos e adesivos de orientação que vão ser levados para casa e chegar aos responsáveis”, conta a ouvidora. “Esse é um projeto que não vai parar. A AGEMS adotou o lema da inclusão e já estamos pensando em outras instituições para levar as informações dos nossos serviços regulados, direitos e deveres e benefícios sociais atrelados a esses serviços”.
Iniciada este ano no Cotolengo, a iniciativa chegou à Associação Juliano Varela, pioneira na assistência a pessoas com síndrome de Down, e que hoje atua na defesa e garantia de direitos e no atendimento direto de pessoas com deficiência intelectual diversos: Transtorno Global do Desenvolvimento, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, Microcefalia e Transtorno do Espectro Autista.
Com o lema “Do nascer ao envelhecer especial”, a Associação abraça como público alvo crianças, adolescentes e idosos em situação de vulnerabilidade e seus familiares, atendidos nas áreas de assistência social, reabilitação, trabalho, cultura, esporte, lazer e educação, visando facilitar a integração e emancipação social. A presença inédita da AGEMS, informando e ouvindo essa comunidade, visa fortalecer essa oportunidade de inclusão.
“Uma parceria de extrema importância com a AGEMS, que trouxe conhecimento para nós, para as mãezinhas das nossas crianças”, disse a diretora da escola, Elúzia Alves dos Santos. “Nós temos nossa área social que desenvolve esse trabalho, de auxiliar na busca dos benefícios. E quando a gente agrega isso com mais pessoas interessadas neste mesmo assunto, com certeza o resultado vem para essa população que é mais carente e, muitas vezes, desinformada de seus direitos”.
Para quem acredita que o projeto é só mais uma ação de um órgão público, a equipe da Ouvidoria mostra que esse passo em direção à inclusão é uma grande doação pessoal de cada envolvido.
Seja pela formação profissional em assistência social, como a atendente Elizabeth Bueno, ou pela experiência e apego à educação especial, como Kátia de Freitas. Seja também pelo conhecimento pessoal da realidade de crianças com deficiência, como Elanai Lemos, ou pelo entendimento do quanto é valioso o direito efetivo à cidadania, como a advogada Anahi Bigarella, cada integrante leva ao projeto uma bagagem que transforma o atendimento em acolhimento verdadeiro.
“Cada visita nos impacta de um jeito. Aqui, foi o cuidado da escola também com as mães. Levando oficina de artesanato, ensinando trabalhos manuais, ocupando o tempo e trazendo leveza enquanto as crianças estudam”, conta Anahi. “Esse é o verdadeiro ‘cuidar de quem cuida. E trazendo a AGEMS até essas mães, nós conseguimos também apresentar informações importante para elas sobre como ter apoio do poder público”.
Fonte: AGÊNCIA ESTADUAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE MS