A Associação dos Delegados de Polícia de Mato Grosso do Sul (ADEPOL/MS) manifestou pesar e condolências aos familiares e amigos de Vanessa Ricarte, vítima de feminicídio cometido por Caio Nascimento, com quem mantinha relacionamento. A entidade reafirmou seu repúdio a qualquer forma de violência contra a mulher e prestou esclarecimentos sobre a condução do caso pela Polícia Civil.

A ADEPOL/MS destacou que discorda da forma como o crime passou a ser tratado após a divulgação de um áudio atribuído à vítima, no qual ela critica o atendimento recebido na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). Segundo a entidade, a Polícia Civil adotou todas as medidas cabíveis para garantir a segurança de Vanessa, seguindo os protocolos operacionais vigentes. Entre as ações tomadas, foi oferecido o alojamento na Casa da Mulher Brasileira, alternativa que não foi aceita pela vítima, uma decisão que não poderia ser imposta coercitivamente.

A associação também enfatizou que a divulgação de informações criminais é protegida por sigilo legal, impedindo que tais dados fossem repassados para a vítima ou para terceiros.

Diante da repercussão do caso, a ADEPOL/MS ressaltou que o protocolo de atendimento a vítimas de violência doméstica está em análise e poderá ser aprimorado. Uma primeira reunião já foi realizada entre o Poder Judiciário, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública e a Delegacia-Geral da Polícia Civil para discutir possíveis melhorias.

Por fim, a entidade saiu em defesa da Delegada de Polícia responsável pelo atendimento, afirmando que ela seguiu todos os protocolos estabelecidos. A ADEPOL/MS enfatizou que a responsabilidade pelo crime recai exclusivamente sobre o feminicida preso e que transferir essa culpa para a delegada representa uma injustiça contra uma profissional que apenas cumpriu seu dever.

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