Ao se manifestar sobre Delegado-Geral, Adepol do Brasil elogia polícia sul-mato-grossense

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Nos últimos dias a mídia do Estado de Mato Grosso do Sul tem noticiado suposto envolvimento do Delegado-Geral de Polícia Civil Adriano Garcia em esquema do jogo do bicho. Diante da repercussão, em nota, a Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol) manifestou nesta quinta-feira (11) preocupação com os fatos narrados, os quais questionam inferências nas apurações desenvolvidas contra organizações criminosas ligadas a diversos crimes no Estado e elogiou a atuação da Polícia Civil sul-mato-grossense. 

“Cumpre destacar que a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul sempre foi destacada em âmbito nacional pelos seus trabalhos qualificados e integrantes de todas as carreiras, não sendo admissível, portanto, qualquer inferência ou ataque difamatório aos seus servidores”, destacou. 

A Adepol disse “repudiar o aparelhamento midiático por grupos criminosos que, distorcendo os fatos, lançam infundada alegação de que a intensificação e ampliação das ações policiais realizadas com a Operação Deu Zebra seria interferência ou proteção a grupos criminosos, quando, em verdade, tamanha e injusta agressão visa justamente desestabilizar uma Polícia Civil forte e fazer cessar o combate ao crime organizado dos abnegados policiais civis do Estado de Mato Grosso do Sul”.

A Academia dos Delegados do Brasil também frisou que está confiante na apuração adequada dos fatos pelos órgãos de controle interno e externo, bem como investigações especializadas. “Da mesma forma advertimos que qualquer procedimento deflagrado pelo Ministério Público com base em contextos situacionais que envolvam o trabalho da Polícia Civil deve ser correlacionado com a atuação da corregedoria desta instituição e com fulcro na legalidade e ampla defesa”. 

A Adepol do Mato Grosso do Sul também se posicionou sobre o pedido de investigação e afastamento do Delegado-Geral, por supostas irregularidades. “O momento institucional exige equilíbrio e a Adepol-MS confia nas providências que o Estado venha a adotar, destacando que quaisquer representações vociferando denúncias de irregularidades contra qualquer cidadão e, notadamente, contra Delegado de Polícia no exercício de suas funções, devem passar pelo necessário filtro estatal, por meio de ações céleres e imparciais pelos órgãos competentes, sem quaisquer prejulgamentos.

A nota também lembra que qualquer cidadão, servidor público ou não, dispõe por meio da Constituição da República Federativa do Brasil, da sagrada garantia de ter sua inocência presumida perante qualquer denúncia. “Nesse norte, ao mesmo tempo em que são necessários os devidos esclarecimentos em busca da verdade, a Adepol-MS vê com preocupação cogitações de medidas açodadas que venham sugerir a supressão da garantia constitucional de presunção de inocência, notadamente diante de situações que necessitam de maior averiguação”.