Messias Cordeiro da Silva, de 25 anos, preso por matar a tiros, Luan Roberto de Oliveira, de 24 anos, e balear mortalmente a ex-namorada Karolina da Silva Pereira, 22 anos, na madrugada de domingo (30) não tinha a intenção de cometer suicídio. A afirmativa é da a delegada titular da DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) Elaine Benicasa, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (1).
Segundo a delegada, se Messias quisesse se matar, não tinha pedido ajuda aos pais e fugido para uma chácara da família na tentativa de se esconder. A investigação não acredita que o acusado tivesse a intenção de tirar a sua vida após ficar de tocaia aguardando a chegada de Karolina para cometer o crime.
Além disso, é citado que Messias teria enviado áudios para a mãe da Karolina porque queria que ela se sentisse culpada. A mãe não era favorável ao relacionamento que durou 8 meses. O término foi cerca de uma semana antes do crime.
A delegada Analu Lacerda Ferraz, é quem vai ficar responsável pelo caso.
Na tentativa de justificar o assassinato, o bandido disse que viu a vítima Karolina beijando Luan, porém, a versão é contestada pela família. Parentes dela indicam apenas uma amizade entre ambos e que era a primeira vez que Luan a acompanhava até sua casa.
A Polícia pediu quebra de sigilo telefônico nos aparelhos celulares de Messias e de toda a família envolvida para apurar o crime que segue sob investigação. Pai e filho estão presos e a delegada deve pedir prisão preventiva para Messias.
Veja o vídeo:
Pai tem histórico
Ainda segundo a delegada, Helio da Silva, pai de Messias, tem histórico de espancar mulher e tentativa de homicídio contra a ex-companheira na década de 1990.
Segundo ela, Hélio tem passagem criminal pela tentativa de assassinato contra uma ex-companheira. Na época, ainda não havia a qualificadora de feminicídio, por isso o caso foi registrado como tentativa de homicídio.
O pai foi preso junto ao filho por estar com a arma de fogo de uso restrito e sem documentação. Ele ajudou o filho a fugir e escondeu a arma usada para matar Luan Roberto no chiqueiro de porcos em sua chácara.
Segundo a delegada, após atirar contra o rapaz e a namorada, Messias teve apoio e cobertura dos pais, da tia e de um primo para fugir da Polícia.
Messias primeiro ficou escondido na casa da tia com ajuda da mãe e do pai. Depois, um primo o levou para a chácara de propriedade de seu pai.
Ainda conforme a delegada, imediatamente após o crime, Messias ligou para os pais e disse que tinha feito uma “cagada” e precisava de ajuda para resolver.
Messias foi encontrado na chácara do pai pela Polícia e se entregou.
Frio e debochado
Messias Cordeiro de Lima, 25 anos, atirador confesso da ex-namorada, Karolina Silva Pereira, 22 anos, enviou áudios para a mãe da vítima, fazendo acusações covardes, em Campo Grande. Ele culpou a vítima e a mãe pelo crime covarde.
Segundo apurado pelo TopMídiaNews, primeiro o criminoso mandou uma gravação pelo WhatsApp, questionando sobre o estado de saúde de Karolina. Neste momento, a jovem está internada em estado gravíssimo.
Na sequência, o agressor promete tirar a própria vida para ”encontrar com ela do outro lado”. O criminoso debochou do assassinato e culpou a mãe da vítima pelo crime.O diálogo não será exposto em razão da falta de humanidade do agressor e também para evitar o efeito contágio.
No entanto, o criminoso justifica o assassinato da menina e do acompanhante dela, Luan Roberto de Oliveira, de 24 anos, em razão de traição. Detalhou que a mãe da vítima a ajudou e foi conivente com o que ele chama de ”mentiras”.
O crime
Conforme o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por volta das 2h50. Luan estaria acompanhando Karolina até a casa dela, cada um em uma motocicleta. Eles foram surpreendidos pelo suspeito, que atirou por diversas vezes contra ambos e depois fugiu.
No local, Luan teve o óbito constatado por uma equipe do Samu, após ser atingido no tórax e coração. Já Karolina Silva foi baleada na cabeça e socorrida à Santa Casa, com exposição de massa encefálica. Ela permanece em estado gravíssimo com protocolo de morte encefálica.
O criminoso não aceitava o fim do relacionamento.
Fonte: Top Mídia News
