O ataque contra a mãe de um aluno na porta da Escola Municipal Bernardo Franco Baís, na tarde dessa quinta-feira (18), trouxe de volta aos pais, o medo das ameaças de massacre dentro das unidades escolares, em Campo Grande.
Isso porque, as inúmeras ameaças haviam cessado, mas na data de ontem, o estudante de 15 anos, da rede estadual, estava armado com quatro facas e uma machado e pretendia adentrar a unidade municipal e até fazer mais vítimas, além da advogada esfaqueada na Avenida Calógeras.
“Eu vi aquilo e já entrei em pânico, com dois filhos pequenos na escola e meu recém-nascido, eu já fico pensando, como vou conseguir me sentir segura se essa onda de ameaças voltar?”, questiona a estudante Patrícia de Oliveira, 27 anos.
Para ela, mesmo que o tenha esfriado, não há motivos para desistir de pedir e insistir pela presença de no mínimo um Guarda Civil nas escolas e mais policiamento e rondas pelos bairros.
“Nós mães pedimos em uma só voz, olhem por nossas crianças, coloquem ao menos um guarda nas Emeis, e um guarda em cada escola. Se esse menino se tornar exemplo, eu nem sei o que será das mães”, aponta.
A servidora Priscila Rios Fávero, também se divide na preocupação com os filhos de 5 e 6 anos que estudam em escolas separadas no bairro Aero Rancho.
Um deles estuda em escola municipal e o outro em uma ONG (Organização Não Governamental).
“Na escola municipal tem dois guardas em cada portão na hora da saída, na ONG ainda não tem, mas acredito que eles vão trabalhar em cima disso também, na segurança das crianças. Mesmo assim, notícias como essa nos preocupam e reforçam o nosso pedido de segurança”, opina a mãe.
Professor e vigilante impediram massacre em escola de Campo Grande
Se não fosse a ação corajosa do professor Willian Silva e do vigilante Jocsa Conceição Silva, Campo Grande teria uma tarde para ficar na história.
Eles evitaram que um adolescente com quatro facas e um machado, entrasse no pátio de uma escola e promovesse um massacre de crianças.
O ex-estudante da Escola Bernardo Franco Baís, de 15 anos, invadiu a unidade, por volta das 12h50, acessou o primeiro ambiente da escola, próximo da coordenação e atingiu a mãe de um aluno com a facada na região lombar.
Ainda segundo Silva, o ex-aluno correu em direção aos fundos da escola, onde ficam os demais estudantes.
”Aí quando o Jocsa viu, ele tentou entrar no pátio das crianças… aí o Jocsa jogou uma mesa em cima dele e segurou as duas mãos dele e me chamou”, detalhou o professor Wilian. Na confusão, o agressor estava com as duas facas na mão.
A vítima sofreu um corte na região lombar e foi socorrida à Santa Casa. O filho dela garantiu que a mãe estava fora de risco.
Segundo o secretário de Educação, Lucas Bitencourt, o aluno não tinha histórico de violência. O menor agressor foi ouvido pela Polícia Civil e, entre várias justificativas, alegou que agiu por conta de problemas familiares e abuso sexual, cometido por um aluno da escola.
Fonte: Top Mídia News
