Batalha do Porto reúne MCs durante o Festival América do Sul em Corumbá

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Batalha do Porto reúne MCs durante o Festival América do Sul em Corumbá

Corumbá, cidade centenária e fronteiriça de Mato Grosso do Sul, se transformou em palco de uma celebração que transcende fronteiras. 

 

Há 18 edições, o FAS (Festival América do Sul) reverbera pelas ruas históricas, praças e centros culturais da cidade, aproximando povos, línguas e expressões artísticas de todo o continente. Para os corumbaenses, o evento se tornou muito mais que um festival: é símbolo de pertencimento, orgulho e transformação.

É claro que o movimento Hip Hop não poderia ficar de fora dessa. Integrando as atividades do FAS, no domingo (18) aconteceu a batalha do porto na capital do Pantanal. 

As rimas improvisadas se tornaram uma das principais atrações de representatividade e inclusão no festival. A batalha de rima acontece quando dois ou mais MCs se enfrentam com versos criados na hora, muitas vezes com críticas sociais, humor ou provocações, sempre seguindo o ritmo da batida. O público tem papel decisivo: é quem julga o vencedor com base em critérios como originalidade, resposta ao oponente, entonação e conteúdo.

Mais do que competição, a batalha de rima é espaço de convivência, afirmação identitária e transformação social. 

A batalha do porto do FAS, teve a participação de 48 MCs, divididos nas fases de breaking, all style e batalha de rima.

O MC de batalha de rima, Carlos Eduardo Chagas, de 20 anos, mais conhecido como “chalega”, explica a sua aproximação no mundo das rimas. 

Batalha do Porto reúne MCs durante o Festival América do Sul em Corumbá

“Comecei desde criança ouvindo o rap com o meu padrasto em casa, sou skatista e depois conheci as batalhas de rima, aqui mesmo em Corumbá. O festival é muito importante para nós porque é um dos poucos eventos que nos aborda, que podemos mostrar a nossa arte, tanto para as pessoas daqui quanto de fora. Chega a ser gratificante, porque dificilmente tem eventos que acolhem a gente, que podemos mostrar o que fazemos de uma maneira que não é marginalizada. A gente sempre tem batalha toda terça, domingo, sexta, mas sempre é visto de uma outra maneira, sempre com outras abordagens”, ressaltou o MC. 

A cantora, compositora e MC de batalha “Coka” é de São Paulo, se apaixonou pelo universo das batalhas desde 2023 e agora no FAS disputa a rima na batalha do porto.

 

“Estou muito feliz de estar aqui, é muito bom a gente refletir sobre a inclusão das mulheres no movimento Hip Hop. Porque eu sou a única “mina” na chave de 16 MCs. São 15 homens e só eu de mulher. Isso nos faz pensar porque não tem tanta “mina” na cena. O que está acontecendo, onde elas estão? Elas não querem rimar?. Mas a real é que é muito difícil estarmos presentes na batalha”, frisa. 

Sobre a resistência das mulheres, ela destaca: “Nós temos que estar sempre sendo resistência. E quando a gente se inclui num meio que é masculino, isso reflete aquilo que a gente já vive. Então é isso, não é fácil. E a gente às vezes ouve uns absurdos. E acontecem muitos assédios também na cena, né? Muitos casos de assédio, tanto verbal quanto físico”.

Confira a classificação da batalha do porto

Classificação Breaking:

1° Lugar – Gustin

2° Lugar – Cabral

3° Lugar – Reymi

 

Classificação All-Style:

1° Lugar – Kody

2° Lugar – Lirio

3° Lugar – Manw

Classificação Batalha de Rima

1° Lugar – LichBoy AK 

2° Lugar – Michel 

3° Lugar – AC

 

Galeria de Imagens

 

Bel Manvailer – ASCOM/FAS 2025 

Fotos: Altair Santos – ASCOM/FAS 2025 

Fonte: www.fundacaodecultura.ms.gov.br

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