Boca de fumo: moradores reclamam de insegurança no terreno onde empresário foi imobilizado para ser morto

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Moradores da região onde fica terreno abandonado, conhecido como ‘chacrinha’, no bairro Cabreúva, em Campo Grande, reclamam da insegurança que o local oferece. Nesta semana, veio à tona o desfecho da morte do empresário Ronaldo Nepomuceno Neves, 48 anos, que foi imobilizado por grupo de quatro homens no espaço e depois levado até a Cachoeira do Céuzinho para ser assassinado.

O terreno fica na Avenida Ernesto Geisel esquina com a rua Dom Pedro I, na região central de Campo Grande

De acordo com pessoas que por questão de segurança preferiram não se identificar, o local é isolado, tem o mato alto e à noite é extremamente escuro, tornando-se atrativo para dependentes químicos e traficantes. “Precisamos urgente que alguma medida seja tomada. O espaço é motivo de preocupação noite e dia. Saímos para trabalhar sem a certeza de que tudo estará certo em nossas casas quando voltarmos e à noite também tem o medo de sair e ser assaltado”, disse um morador.

A fala da vizinhança é única, “precisa ser tomada uma providência neste local abandonado, que, na verdade, é uma verdadeira boca de fumo, onde os bandidos vendem e consomem drogas”, desabafa outro morador.  Outros vizinhos do local também reclamam e dizem que o espaço serve para que ladrões guardem produtos que são furtados nas imediações.

 

 

Morte do Empresário

 

Quatro homens foram presos apontados de envolvimento na morte de Ronaldo Nepomuceno Neves. Segundo a polícia, ele foi assassinado depois de torturar suspeito de cometer furto em boate que era dono, na Avenida Ernesto Geisel. O assassino teria convidado os demais para cometer o crime por vingança.

Os presos são Almiro Cassio Nunes Orgeda Queiroz Neto, 25 anos, Igor Figueiro Rando, 21 anos, Marcelo Augusto da Costa Lima, 21 anos, e Kelvin Dinderson dos Santos, 29 anos.

 

Kelvin disse à polícia que na manhã de sexta-feira tinha ido até a boate de Ronaldo para conversar sobre o furto que foi apontado como suspeito e que teria ocorrido há cerca 4 meses. Na ocasião, Ronaldo teria o torturado para confessar autoria.

 

Em seguida, o empresário teria ido até a ‘chacrinha’ à procura de outro homem que também estaria envolvido no furto. Neste momento, Kelvin conseguiu sair da boate e imobilizou Ronaldo. Pediu apoio para outros três colegas e, na caminhonete da vítima, a levaram para a cachoeira e a mataram a pedradas e garrafadas. Por último, atearam fogo no corpo.