Campanha “Campo Grande é Sangue Bom” busca incentivar novos cadastros para doação de medula

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Campanha “Campo Grande é Sangue Bom” busca incentivar novos cadastros para doação de medula

A Câmara Municipal de Campo Grande, em parceria com o Instituto Sangue Bom, promoveu a campanha “Campo Grande é Sangue Bom!”, na manhã desta quarta-feira, dia 3. Vários servidores da Casa de Leis cadastraram-se como doadores de medula óssea e assistiram a palestra Histórias de um Transplantado, ministrada por Carlos Alberto Rezende, o Professor Carlão, fundador do Instituto.

A chance de encontrar um doador compatível é de aproximadamente uma em 100 mil. Neste “universo de raras possibilidades”, o Professor Carlão encontrou seu doador, que estava cadastrado no banco do Redome (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea) do Inca (Instituto Nacional do Câncer). Ele foi diagnosticado com aplasia medular severa, uma doença rara e grave que afeta a produção de células sanguíneas pela medula óssea. Em 2016, recebeu o transplante de medula óssea.

O ato que ajudou a salvar sua vida foi transformado em meta e hoje o Professor Carlão empenha-se em incentivar mais pessoas a tornarem-se doadoras. Só neste ano, o Instituto Sangue Bom já realizou, por meio de parcerias, quase 450 ações, voltadas ao incentivo à doação de medula óssea, sangue e órgãos.

“Quando eu estava no leito do hospital, quando a possibilidade maior que eu tinha era exatamente perder a luta pela vida, Deus me possibilitou vencer essa luta e hoje estou aqui com mais de 5.700 ações executadas até hoje, fechando quase 450 ações esse ano. Encontramos parceiros na Câmara, por meio do vereador Papy, para juntos salvarmos outras vidas, sensibilizando, tocando o coração e falando de amor”, disse o Professor Carlão.

“A ação, através da palestra, intitulada Histórias de um Transplantado, tem objetivos claros. O primeiro é retirar os mitos e falar mais sobre as verdades, sobre o pequeno gesto de doação de sangue e do cadastro de doadores de medula óssea. Ao mesmo tempo, a sensibilização, onde a gente vai destacar o quão importante é esse pequeno gesto que efetivamente salva vidas”, ressaltou.

Há 20 anos, o tenente-coronel Wellington Rodrigo de Lima Bento fez o cadastro no Hemosul como doador de medula e, em março deste ano, realizou a doação. “No momento em que eu recebi a ligação, com praticamente 20 anos já com cadastro, foi uma emoção que não tem como explicar. Me ligaram perguntando se eu poderia fazer os exames, os procedimentos, se eu era voluntário para fazer a doação de medula. Fui voluntário e não tenho palavras para explicar essa emoção de poder estar ajudando o próximo”. O tenente-coronel também fez o relato durante a palestra na Câmara.

O vereador Ronilço Guerreiro, que participou da abertura do evento, ressaltou a importância da campanha e do envolvimento da Câmara em ações que provoquem esperança e empatia, citando que o Professor Carlão é uma inspiração. “Precisamos ter mais pessoas que acreditam, que sonham, mais doadores”, ressaltou.

O deputado estadual Paulo Duarte esteve presente na ação da Câmara e ressaltou que o Professor Carlão superou o problema, mas não apenas esqueceu o que passou. “Você superou com o transplante e se preocupou com o próximo, virou militante dessa causa, para as outras pessoas que precisam”, disse.

Doador – Equipe do Hemosul esteve presente no evento “Campo Grande é Sangue Bom!”, realizando o cadastro para doadores de medula óssea. Podem se cadastrar pessoas de 18 anos a 35 anos, sem peso mínimo. São retirados 8ml de sangue, como um exame de laboratório, e o doador é cadastrado no Redome. Seus dados genéticos são cruzados com os dos pacientes que precisam da medula. Se der compatibilidade genética através do exame HLA, a doação pode ser realizada.

“Hoje nós estamos com uma dificuldade grande de encontrar um doador compatível, por conta que foi reduzida a idade. Nós temos hoje o cadastro de 18 a 35 anos só. Campanhas como essa são apoio grande, são os chamados multiplicadores”, afirmou Ângela Moura, do setor de captação. Ela citou o desafio de convencer os jovens para sensibilizá-los da importância das doações.

O assessor parlamentar Pedro Henrique Cristaldo, 25 anos, foi um dos primeiros a procurar a campanha para realizar o cadastro. “Sempre soube da importância dessa doação, porque são vidas que precisam, a chance de ajudar a salvar uma vida, mas na correria do dia a dia acabava não indo até o Hemosul e hoje facilitou e aproveitei a oportunidade”, disse.

Já para doar sangue, é preciso ter entre 16 anos e 69 anos e pesar no mínimo 51 quilos. Quem tem de 16 a 18 anos, porém, precisa estar acompanhado de um responsável. Conforme o Hemosul, a primeira doação somente pode ser feita até 60 anos. Acima desta idade, apenas para quem já é doador de sangue. Homens podem doar até quatro vezes ao ano com um intervalo mínimo de dois meses. Mulheres podem doar até três vezes ao ano com um intervalo mínimo de três meses.

Doações de sangue ou cadastro para doação de medula podem ser feitos diretamente no Hemosul, localizado na Av. Fernando Correa da Costa, 1304. Mais informações no site https://www.hemosul.ms.gov.br/

Milena Crestani
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal

Fonte: camara.ms.gov.br

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