Campo Grande está em quinto lugar no ranking entre as capitais com cesta básica mais cara do Brasil. Com custo de R$ 702,65, a cesta básica teve aumento de 23,97% nos últimos 12 meses. É o que mostra a pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgada nesta quarta-feira (6).
Conforme a pesquisa, mesmo com uma nova retração de preços (-0,49%), a Capital registrou a terceira maior variação do país no preço do leite.
Na tabela é possível ver que Campo Grande teve a mesma variação com São Paulo (23,97), cidade com o triplo de habitantes. Lá a cesta básica está custando R$ 777,01.
Foram registradas altas também em Florianópolis (17,82), Porto Alegre (17,42) e Rio de Janeiro (18,39).
Quanto precisa trabalhar?
A Diesse mostra ainda que o campo-grandense precisou trabalhar 127h e 32 minutos para comprar uma cesta básica.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em junho de 2022, 59,68% do rendimento para adquirir os produtos da cesta, pouco maior do que o de maio, quando o foi de 59,39%. Em junho de 2021, quando o salário mínimo era de R$ 1.100,00, o percentual ficou em 54,79%.
Produtos mais caros em Campo Grande
O leite integral e a manteiga registraram aumento de preços em 17 cidades, entre Campo Grande esteve no ranking das maiores altas com 12,95% de acréscimo no preço. Belo Horizonte teve 23,09% e Porto Alegre 14,67%.
