O número assusta: 81 mulheres já foram vítimas de violência doméstica em Miranda somente em 2025. Para um município com pouco mais de 25 mil habitantes, o dado, divulgado pelo Monitor da Violência Contra a Mulher da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de MS, acende um alerta urgente.
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Diante desse cenário, a cidade deu início à Campanha Municipal de Combate à Violência Contra a Mulher – Agosto Lilás, com o lema “O Silêncio Mata”. O objetivo é claro: romper a cultura do silêncio, denunciar abusos e mobilizar toda a sociedade no enfrentamento a um problema que atravessa todas as idades, raças e classes sociais.
“A frase ‘em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher’ precisa ficar no passado. A violência contra a mulher é um problema de todos nós”, destacou a secretária municipal de Assistência Social e Trabalho, Cíntia Fonseca Castanheira.
A abertura oficial contou com a adesão dos vereadores, em encontro realizado na terça-feira (12), com a participação da vice-prefeita Elange Ribeiro (PSD). “Essa campanha é um convite ao engajamento. Queremos que Miranda não esteja nas estatísticas de feminicídio”, reforçou Elange.
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O presidente da Câmara, Michel Roger Fredi (PSDB), garantiu apoio integral ao projeto: “A Casa de Leis está de portas abertas para todas as iniciativas que promovam a segurança e a dignidade das mulheres”.
Cidade mobilizada
A campanha já ocupa espaços estratégicos de Miranda. Na Avenida Afonso Pena, principal centro comercial, uma instalação especial com iluminação, faixas e mensagens de conscientização chama a atenção de quem passa. Equipes da Secretaria gravaram conteúdos para serem divulgados ao longo do mês nas redes sociais e na imprensa.
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A programação inclui ações educativas em escolas — com foco especial nas comunidades indígenas —, palestras, orientações em órgãos públicos e capacitações para servidores municipais. O Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) está à frente das atividades, levando informação e incentivo à denúncia.
Além disso, serão veiculadas entrevistas e reportagens em rádios, jornais impressos e plataformas digitais, ampliando o debate sobre a violência de gênero e seus impactos.
“Vamos ocupar todos os espaços para dialogar, esclarecer e envolver a sociedade mirandense. O silêncio é cúmplice da violência — e nós queremos quebrá-lo”, finalizou Cíntia Castanheira.