O futuro já começou em Mato Grosso do Sul, e ele é movido a biometano. Em um encontro promovido pela Biosul e ZEG Biogás, com a participação da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos (AGEMS), por meio do Comitê de Biogás e Biometano, especialistas e autoridades discutiram os caminhos para tornar esse combustível renovável uma realidade competitiva no Estado.
O evento reuniu representantes do setor produtivo e do governo estadual, com a presença do secretário da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, do ex-ministro Anderson Adauto e do presidente da Biosul, Amaury Pakelman.
Também foram apresentadas experiências da ZEG Biogás e da Adecoagro, empresas que são referência internacional no aproveitamento energético. A palestra principal ficou a cargo de Rodrigo Nogueira, CEO da ZEG Biogás, que trouxe uma visão ampla das oportunidades e desafios para a expansão do biometano.
Durante o debate, foram destacadas as vantagens ambientais e econômicas do biocombustível, que pode substituir o diesel com uma emissão até oito vezes menor de CO₂. Além disso, foram discutidas as perspectivas regulatórias, os caminhos para atrair investimentos e a necessidade de previsibilidade de custos para viabilizar novos projetos.
Para o diretor-presidente da AGEMS, Carlos Alberto de Assis, o momento é decisivo: “A regulação do biometano é estratégica para garantir segurança jurídica, previsibilidade e competitividade ao setor. A AGEMS está comprometida em construir um ambiente regulatório moderno que atraia investimentos, valorize a inovação e assegure que Mato Grosso do Sul avance de forma sólida na transição energética. ”
A sustentabilidade também foi apresentada como fator central, mostrando como o biometano transforma resíduos agrícolas em combustível limpo, colocando em prática a economia circular do campo ao transporte. Para o diretor de Gás e Energia da AGEMS, Matias Gonsales, o trabalho regulatório é essencial nesse processo:
“Estamos construindo uma regulação moderna e segura, que dê confiança para o investidor e traga benefícios diretos à população com energia limpa e competitiva. ”
A participação da AGEMS por meio do Comitê de Biogás e Biometano foi apontada como estratégica para consolidar a agenda no Estado. A assessora do comitê Fabíola Porcaro, que acompanhou as discussões, destacou três pontos centrais: a importância de avançar na precificação da molécula do biometano, o mapeamento de oportunidades para integrar produção e consumo e o fortalecimento do ambiente regulatório e de investimentos.
“São pilares que podem acelerar a consolidação do biometano em nosso Estado, gerando previsibilidade e confiança para o setor,” reforçou.
Para o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, a discussão foi um marco no entendimento sobre o potencial do combustível em Mato Grosso do Sul:
“Foi uma verdadeira aula sobre o cenário de investimentos em energias renováveis a partir de usinas que utilizam vinhaça – subproduto da cana – para produzir biometano. Estamos trabalhando para que Mato Grosso do Sul se torne referência nacional em energias renováveis, integrando sustentabilidade, geração de emprego e atração de investimentos. ”
O encontro confirmou que fomentar o biometano como energia renovável é fundamental para que Mato Grosso do Sul avance em direção a um modelo de desenvolvimento sustentável, competitivo e inovador, unindo produção, consumo e regulação em benefício da sociedade e do meio ambiente.
Bruna Aquino
Fonte: AGÊNCIA ESTADUAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE MS