Delegada alega que a família Xavier virou alvo do clã Name por desacordo em negócio

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Delegada alega que a família Xavier virou alvo do clã Name por desacordo em negócio

Durante o júri de Jamil Name Filho, conhecido como Jamilzinho, e dos ex-guardas municipais Vladenilson Daniel Olmedo e Marcelo Rios, acusados de ter envolvimento no assassinato de Matheus Coutinho Xavier, a delegada Daniela Kades, que integrou a força-tarefa da polícia civil responsável pelas prisões dos envolvidos e ouvida como testemunha na manhã desta segunda-feira (17), em Campo Grande, afirmou que o estopim para todo o caso teria sido um desacordo envolvendo fazendas que seriam de propriedade da família Name.

Em uma casa da família Name, no Monte Líbano, foram encontrados armamentos, um pen-drive e outros itens, que seriam folhas impressas com pesquisas sobre os nomes de Antonio Augusto e Francisco Inelli, que acreditava-se, poderiam estar envolvidos no crime, ou ser vítimas em potencial, conforme o depoimento de Kades. 

A delegada explicou que há alguns anos, Paulo Teixeira Xavier, pai de Matheus, prestava serviços ao advogado de nome Antônio Augusto, que lidava com negociação de várias propriedades em municípios de Mato Grosso do Sul, como Bonito, Jardim, Bodoquena, e outros. 

Antônio Augusto seria advogado e teria procurações para tratar de negócios relacionados a várias fazendas, e teria transferido a fazenda em questão o nome da Associação das Famílias para Unificação da Paz Mundial, enquanto trabalhava com o Reverendo Moon. 

Outra propriedade, também da família Name, localizada na Chácara das Mansões, em Campo Grande, teria sido envolvida no imbroglio, fazendo com que toda a situação culminasse no assassinato de Matheus que tinha, na verdade, Paulo, seu pai, como alvo. 

A situação teria chegado a ser mediada, conforme o depoimento da delegada, pelo então desembargador Joenildo de Oliveira, que acompanhou Antônio a um jantar na casa dos Name. 

O crime

Kades é testemunha no júri que investiga a morte de Matheus Coutinho Xavier. Ele foi fuzilado enquanto estava saindo da garagem de casa, com caminhonete do pai, uma S-10 de cor branca. O fato aconteceu na noite do dia 9 de abril de 2019.

Os dois suspeitos pela execução, diz a denúncia, foram contratados por Jamilzinho, para matar Paulo Roberto Teixeira Xavier, ex-capitão da PM e, à época, desafeto da família Name.

No entanto, os pistoleiros confundiram o filho com o pai e fuzilaram o estudante, que manobrava a caminhonete.

Paulo Roberto ouviu os tiros e saiu em socorro do filho. Ele colocou o adolescente na caminhonete, crivada de balas, e abordou uma viatura dos Bombeiros, na Avenida Mato Grosso. Apesar disso, Matheus não resistiu.



Fonte: Top Mídia News