Delegado vê 'modus operandi' em assassinatos relacionados à família Name

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Delegado vê 'modus operandi' em assassinatos relacionados à família Name

Terceira testemunha ouvida pelo júri nesta segunda-feira (17), o delegado Carlos Delano de Souza apontou para um ‘modus operandi’ da suposta quadrilha chefiada pela família Name. Segundo ele, quando Matheus Xavier Coutinho foi assassinado, a polícia já esperava encontrar o veículo usado na execução queimado.

O delegado considera que, depois da prisão de Jamil Name, pai e filho, casos de homicídios com esse padrão em Mato Grosso do Sul acabaram. Destacou ainda que Zezinho, o suspeito de puxar o gatilho contra o adolescente, morreu em confronto policial em Mossoró, no Rio Grande do Norte, cidade onde os presos ficaram.

As defesas de Marcelo Rios e Vladenilson continuam com a teoria que não há ligação entre as armas usadas na execução do jovem com a dupla. Já o advogado de Name não se manifestou neste momento.

(Com informações do portal Primeira Página)

O caso

Jamil Name Filho, Vladenilson Daniel Olmedo e Marcelo Rios são julgados como mandantes da morte de Matheus Xavier Coutinho, 17 anos. Ele teria sido assassinado por engano, no lugar do pai, o ex-policial militar Paulo Roberto Xavier.

Juanil Miranda Lima e José Moreira Freires, o Zezinho, seriam os executores do plano. A briga entre a família Name e Paulo Xavier, também conhecido como PX, ocorreu porque o ex-policial trabalhava para os acusados, mas depois foi fazer segurança para o advogado Antônio Augusto.

A família Name, então liderada por Jamil Name, falecido aos 82 anos, teria rixa com Antônio Augusto por conta da titularidade da Fazenda Figueira, em Bodoquena, que tem alto valor financeiro. Ele fez a transferência da propriedade para Associação das Famílias para Unificação da Paz Mundial.

PX chegou a dizer que foi intimado a deixar a cidade antes da morte de Matheus, por ter se tornado inimigo do clã Name. Durante a investigação, os policiais descobriram que um técnico de informática atuou como ”hacker” e ajudou a monitorar Paulo Roberto em tempo real por vários dias.

No final da tarde de 9 de abril de 2019, os executores viram uma caminhonete S-10 sair da garagem da casa e abriram fogo, inclusive com uma metralhadora AK-47. Ao invés do pai, Matheus dirigia o veículo para buscar o irmão na escola.

O rapaz foi baleado e socorrido por Paulo Roberto. Ele viu uma equipe do Corpo de Bombeiros atendendo um acidente de trânsito na Avenida Mato Grosso e gritou por socorro. Matheus foi levado para a Santa Casa, mas não resistiu.

Mais três réus deveriam participar do julgamento. Jamilson Name, que morreu no Presídio Federal de Mossoró, RN, por problemas de saúde, e Zezinho, que faleceu em confronto policial. Juanil é considerado foragido.

A acusação é formada pelos promotores Luciana do Amaral Rabelo, Moisés Casarotto, Gerson Eduardo de Araújo e Douglas Oldegardo. Mãe de Matheus, a advogada Cristiane Almeida Coutinho atua como assistente de acusação no processo.



Fonte: Top Mídia News