Departamento de Repressão ao Crime Organizado prende contador que simulou própria morte para sair da mira da polícia

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A Polícia Civil do MS, através do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) prendeu na manhã de hoje (6) o contador Tercio Moacir Brandino, 59 anos, que acumulava seis mandados de prisão e para fugir da mira das autoridades policiais chegou a simular a própria morte, atribuindo os dados a um homem morto. 

Tercio teve participação em diversos crimes graves, inclusive foi alvo em operações de grande repercussão estadual e federal como a Operação Lama Asfáltica, Operação Caduceu, Operação Iceberg e Operação Canindé, esta última deflagrada pelo DECCO no final do ano de 2016. Na ocasião, foi desarticulada uma organização criminosa especializada em crimes de estelionato relativos a maquinários agrícolas. 11 integrantes foram presos, inclusive o contador em questão. 

Embora já condenado e cumprindo pena junto ao AGEPEN, o Tercio acabou liberado no dia 09 de fevereiro de 2017 do Instituto Penal de Campo Grande, com alvará de soltura em outro processo. No entanto, havia contra ele outros dois mandados de prisão preventiva que impediam sua liberação. Ainda assim, ele saiu pela porta da frente do IPCG e não foi mais localizado até a presente data.

A liberação ilegal e consequente fuga somente foi descoberta após dois meses, quando o criminoso fora procurado no referido presídio para ser intimado de uma condenação pelos delitos de estelionato e falsificação de selos públicos, em 07 de abril de 2017.  Segundo a polícia, na época a liberação ilegal teve ajuda de um agente penitenciário. 

Neste período em que era investigado, Tercio chegou a simular a própria morte para se ver livre da prisão. Ele utilizou os seus dados pessoais em paciente que havia falecido no Hospital Regional de Campo Grande. A fraude foi descoberta através de confronto papiloscópico requisitado e promovido pelo Instituto de Identificação de Campo Grande, que comprovou a real identidade do morto. 

O contador foi achado hoje em um condomínio residencial localizado na Vila Aimoré, em Campo Grande e está à disposição do Poder Judiciário.

Da redação