A falta de critérios claros na distribuição dos recursos do fundo partidário causou uma crise entre os candidatos a vereador pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, em Campo Grande. Até esta quinta-feira (5), poucos candidatos haviam recebido recursos, incluindo Ana Portela, filha do presidente municipal da legenda, que recebeu R$ 300 mil, gerando insatisfação entre os demais postulantes.
Mensagens trocadas em um grupo de WhatsApp dos candidatos revelam o descontentamento. Um dos participantes questionou se há critérios definidos para a distribuição dos recursos, sugerindo que os candidatos deveriam receber R$ 30 mil cada. Outro membro levantou a hipótese de que uma análise dos potenciais eleitorais estaria determinando quem recebe mais ou menos, mas admitiu que isso é apenas uma suposição.
Os prints também mostram a frustração de alguns candidatos, que esperavam que o PL e Jair Bolsonaro apresentassem uma proposta diferente da oposição. A revelação de que Ana Portela já havia recebido R$ 300 mil enquanto outros estão sem recursos gerou indignação. “Eu até agora nada!”, exclamou uma candidata, enquanto outro afirmou que contaria com “um milagre” para seguir na campanha.
Rafael Tavares, ex-deputado estadual e um dos nomes mais promissores do partido, também não havia recebido nenhum recurso até o momento. Apesar de lamentar a situação, ele preferiu não comentar sobre a possível preferência na distribuição. André Salineiro, ex-vereador mais votado da cidade, também não recebeu nenhum valor.
O presidente municipal do PL, Tenente Portela, e a candidata Ana Portela foram procurados para comentar o assunto, mas ainda não se manifestaram.