O espetáculo de circo “Balança mas não cai”, com Társila Bonelli, encantou o público infantil e adulto que prestigiou a apresentação no fim de tarde deste sábado (17), no Palco Areninha, durante a programação do Festival América do Sul. Os olhinhos atentos da criançada e as risadas e palmas dos adultos confirmaram que o Festival trouxe para a sua programação a magia do circo.
“Balança mas não cai” é um espetáculo que envolve equilíbrio em arame e dança vertical e conta a história da palhacinha Tarzica. “Nesse espetáculo ela é uma criança que se depara com várias questões emocionais, todos alguns rompantes de emoções e para lidar com a ausência de uma pessoa. Então, ele vai passar todo dentro de um quarto e dessa lida dessa criança com esse universo de emoções, que ao mesmo tempo ela é tratada pelos pais como um adulto, mas ao mesmo tempo ela não é um adulto, ela é uma criança”, diz a protagonista, Társila Bonelli.
O espetáculo, conta Társila, tem como ponto de partida a ausência do meu pai e a ausência da mãe do diretor do espetáculo [João Rocha] que nós junto construímos essa história. Nessa questão, apesar de termos perdido nossos pais já mais adultos, e a gente trabalha com o ensino infantil, com a arte, a gente vê como é muito complicado para as crianças lidar com diversas emoções, ainda mais nesse mundo atual. E daí a gente quis trazer a questão das técnicas de equilíbrio em arame para o espetáculo, e aí foi a hora que a gente pensou de trazer de forma física essa questão emocional. Esse equilíbrio e esse desequilíbrio, essa balança, mas não cai de várias emoções”.
Não é a primeira vez que a artista se apresenta no Festival América do Sul, mas sim, é a primeira vez com este espetáculo. “Eu estou muito feliz. A gente gosta muito do Festival América do Sul, a gente faz questão de estar sempre presente, se não trabalhando, vindo prestigiar, e é um dos festivais que a gente aguarda anualmente do nosso estado. Acho que é um festival que cada vez tá mais bonito. Eu não sei se é a primeira vez esse ano que ele tá aqui no Porto, mas eu achei fantástica a ideia de ele estar aqui no Porto, com esse fundo maravilhoso que é o Rio Paraguai, o Pantanal atrás, é sensacional estar aqui novamente”.
Na plateia, a dentista Lisanne e Baruque Fonseca disse que adorou o espetáculo. Ela veio com suas filhas Lavínia, de oito anos, Isabela, de cinco e Melina, de dois. “Eu cheguei um pouquinho atrasada, mas as meninas – já deu pra aproveitar- gostaram bastante. Eu adorei. Uma programação pras crianças é sempre bem-vinda, porque às vezes precisa de mais coisa pra cumprir com a programação. Então a gente quando tem, a gente aproveita sempre”.
Karen Dantas da Silva é formada em Artes Cênicas e estuda Biologia. Ela veio com seu filho Bento, de quatro anos, prestigiar o espetáculo. “Foi lindíssimo né? Maravilhoso ver a arte aqui em Corumbá e ainda mais quando tem essa junção de países e estados trazendo algo novo pra cidade é bem enriquecedor tanto pra mim quanto pra ele que é uma criança. Eu acho a coisa mais linda o circo no Festival. Eu sou apaixonada pela área circense. Pra mim Corumbá é bem viva em arte, em circo. Temos uma boa cultura aqui de circo então trazer cada vez mais pra estimular as crianças é uma visão de arte maior pra gente”.
O programador Guilherme Oliveira Bueno achou muito legal o espetáculo. “Acho que a maneira como a cultura aqui está sendo mostrada aqui em Corumbá, que é algo bem raro né. A gente vê essa esta questão da cultura, o cenário tá muito bonito, achei muito legal também o espetáculo em geral. Eu acho que ter circo no Festival é uma ideia muito legal porque é um novo jeito de mostrar cultura, espetáculos diferentes”.
Galeria de Imagens
texto Karina Lima- ASCOM/FAS 2025
fotos Altair Santos – ASCOM/FAS 2025
