Esquecidas e sem vacina: Dengue, Zika e Chikungunya continuam fazendo vítimas

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Com a pandemia provocada pelo novo coronavírus (Covid-19), algumas doenças transmitidas por um vilão em comum: o Aedes aegypti acabaram saindo dos holofotes, em Mato Grosso do Sul. No entanto, elas continuam existindo, fazendo vítimas e não há outra prevenção a não ser bons hábitos de higiene da população.

A Zika, por exemplo. Teve o maior índice de contaminação registrado em 2016 quando 1.825 pessoas foram acometidas pela doença. A Zika também é grave e pode provocar diversas complicações. Em gestantes, especialmente, a enfermidade pode deixar sequelas no nascituro, como microcefalia ou outra malformação congênita.

Apesar de no ano de 2017 os índices terem melhorado, a infecção não deixou de existir. Em 2020, primeiro ano da Covid-19, foram 79 infecções e neste ano já são 64, segundo Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta quarta-feira (6).

Outra doença transmitida pela picada do mesmo mosquito e que, assim como a Covid-19 também pode matar, é a Dengue. Em todo o ano passado 43 pessoas morreram pela doença. Ao todo, 52.282 pessoas testaram positivo. Neste ano, são 11.228 infecções e 13 óbitos.

Por último, a chikungunya. No ano passado, foram 193 infecções e neste ano 118 pessoas contraíram a doença. As principais sequelas que ela pode provocar são: dor crônica nas articulações que pode durar por mais de um ano, perda do tônus muscular ou deformação nas articulações. Além disso, podem ocorrer danos no cérebro, dificultando a coordenação motora, o que pode prejudicar as atividades do dia a dia.

Higiene

Para evitar que pessoas continuem sendo infectadas por estas enfermidades, não há nenhuma medicação ou até mesmo vacina. A prevenção depende absolutamente dos bons modos de higiene. O Aedes aegypti é um mosquito doméstico. Ele tem, em média, menos de 1 centímetro de tamanho, é escuro e com riscos brancos nas patas, cabeça e corpo.

Com hábitos diurnos, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer, o inseto (apenas a fêmea) se alimenta basicamente de sangue humano. A reprodução acontece em água parada (limpa ou suja), onde os ovos são depositados. Algumas medidas simples podem ajudar a prevenir a presença do Aedes, como:

– Tampar os tonéis e caixa d’água
– Manter as calhas sempre limpas
– Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo
– Manter lixeiras bem tampadas
– Deixar ralos limpos e com aplicação de tela.
– Limpar semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia
– Limpar com escova ou bucha os potes de água para animais
– Retirar água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa