Campo Grande, 13/07/2023 às 13:03
A venda de produtos de Campo Grande para os países integrantes da Rota de Integração Latino-Americana (RILA) – Argentina, Bolívia, Chile e Paraguai – cresceram. As exportações somaram US$ 16,728 milhões, uma alta de 46,56% frente a junho de 2022. Já as importações atingiram US$ 5,314 milhões (-2,7%). A corrente de comércio (exportações mais importações) no mês atingiu US$ 22,043 milhões.
No ano, o comércio exterior de Campo Grande com estes países supera os US$ 121,028 milhões (cerca de 22,6% do movimento total da capital), um crescimento de 48% em relação ao mesmo período de 2022, sendo US$ 93,938 milhões em exportações (especialmente para a Argentina e o Chile) e US$ 27,090 milhões em importações (com destaque para o gás natural boliviano).
“Os números demonstram o que temos falado diariamente. Temos mercado e espaço para crescer no comércio exterior com os países da Rila. Tanto que na última semana, o Departamento de Tarapacá (Chile) abriu aqui em Campo Grande seu primeiro escritório comercial internacional buscando fomentar ainda mais estas trocas comerciais, criando novas oportunidades para ambos os países”, ressalta o secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Adelaido Vila.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, no mês de junho, os principais produtos da pauta exportadora foram a carne bovina (resfriada e congelada) e os grãos (especialmente soja). Já os principais produtos adquiridos foram o gás natural boliviano e peixes (com destaque para o salmão) do Chile.
No geral, as exportações de Campo Grande acumulam US$ 278,952 milhões, alta de 4,44%, enquanto as importações somam US$ 257,529 milhões, queda de 37,14%, influenciadas por menores compras de fertilizantes no mercado externo. O saldo comercial está positivo em US$ 21,423 milhões.
Segundo o economista e superintendente de Indústria, Comércio, Serviços e Comércio Exterior da Sidagro, José Eduardo Corrêa dos Santos, existe um enorme potencial de comércio intrarregional com os países que fazem parte da RILA, além dos ganhos competitivos advindos da utilização dos portos chilenos, como plataforma de exportação de produtos brasileiros para a Ásia e costa oeste da América do Norte. Este potencial, segundo o economista, já tem atraído a atenção de muitos empresários locais e internacionais para as oportunidades que se abrem em Campo Grande.
Ressalta-se ainda as oportunidades geradas para o setor de serviços e para o turismo, que a integração com estes países proporcionará. Além de se tornar a capital brasileira mais próxima de Antofagasta (Chile) com a conclusão da ponte sobre o Rio Paraguai em Porto Murtinho, Campo Grande será também a maior cidade da chamada “Rota Bioceânica”, corredor rodoviário que ligará o Brasil ao Pacífico.
Mais informações estarão disponíveis na edição de julho do Boletim Econômico de Campo Grande. Para acessar o documento do mês de junho é só clicar no link: https://www.campogrande.ms.gov.br/sidagro/canais/boletins-economicos-de-campo-grande/.
Fonte: CGNotícias