Foi realizada na manhã desta quarta-feira (26) uma reunião no Museu da Imagem e do Som para a apresentação do calendário de eventos de 2025 da Federação de Bandas e Fanfarras do Estado de Mato Grosso do Sul. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura e Fundação de Cultura, destinam recursos da ordem de R$ 350 mil reais para a Federação, para a realização dos eventos do ano. Atualmente são 70 bandas atuantes em Mato Grosso do Sul em 49 municípios do estado.
Fábio Costa, presidente da Federação de Bandas e Fanfarras do Estado de Mato Grosso do Sul, afirma que o calendário deste ano contempla 13 municípios que vão receber eventos, entre eles o Circuito Sul-Mato-Grossense de Bandas, o Campeonato Sul-Mato-Grossense de Bandas e Fanfarras e o Concurso Brasileiro de Bandas e Fanfarras. “Nós já vamos para o terceiro ano consecutivo de apoio do Governo do Estado. Nós já tínhamos apoio da antiga gestão, e nesta gestão continuaram os investimentos. Você fazer eventos que têm em média 700 integrantes de bandas, você movimenta em média 20 ônibus por evento, dez prefeituras com as suas bandas municipais que vão a oito municípios, o Campeonato Estadual movimenta em torno de 80 ônibus para transportar os integrantes, são mil e oitocentos integrantes que participam, são quatro mil e quinhentos que vão participar do Concurso Brasileiro que vai receber cinco estados convidados. Sem o apoio da Fundação de Cultura nenhuma entidade do estado consegue fazer eventos. Sozinho a gente não consegue caminhar. Graças a Deus temos uma boa interlocução com o governo, então a gente consegue trabalhar”.
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Fábio explica que a música instrumental de bandas e fanfarras tem o intuito educacional, cultural, assistencialista. “Ela humaniza, ajuda o movimento das famílias, ajuda a questão das escolas, onde tem uma banda tudo é organizado, tudo funciona. Esses investimentos que se transformam em eventos servem para congregar, buscando informação técnico-musical, melhores uniformes, melhores instrumentos, e isso vai proporcionar essa interlocução e através disso a gente consegue evitar que uma criança, um adolescente, até um jovem adulto não entre para o caminho das drogas, não vire bandido”.
Eduardo Mendes, diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, afirmou que o projeto das bandas e fanfarras, por acontecer nos municípios, faz acontecer o municipalismo que o governador Eduardo Riedel solicita. “Nós temos um convênio de 350 mil reais para atender dez etapas do circuito durante o ano, e mais dois eventos que são feitos pela coordenação das bandas e fanfarras. É um projeto muito interessante, porque acontece nos municípios de Mato Grosso do Sul, dando essa visibilidade e fazendo realmente o municipalismo que tanto nosso governador Eduardo Riedel nos solicita. A Federação e as bandas acabam preenchendo essa lacuna de aulas de música, porque a pessoa toca na fanfarra e pode fazer o uso disso para qualquer lugar, é um importante projeto para que a Fundação chegue com aulas de música nas cidades através desse convênio”.
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Marcelo Miranda, secretário de estado de Turismo, Esporte e Cultura de Mato Grosso do Sul, afirmou que é muito bom ter parceiros que utilizem bem os recursos públicos. “A gente que está na gestão, nós temos uma grande preocupação com a boa utilização dos recursos públicos. Tudo o que a gente quer são parceiros sérios, competentes, que realmente consigam utilizar e otimizar aquele recurso para realmente fazer a cultura e todas as ações que a gente tem na Secretaria. Quero parabenizar você, Fábio, por esse trabalho brilhante, colocou bandas e fanfarras em Mato Grosso do Sul como uma referência em nível nacional, por isso que a gente vai trazer para Campo Grande, Mato Grosso do Sul, o Campeonato Brasileiro que é uma festa linda”.
Cácio Plácido da Silva, maestro da Banda Municipal de Camapuã e da Banda Municipal de São Gabriel do Oeste, afirmou que a música é uma ferramenta de transformação, na vida social, na vida estudantil da criança, do adolescente. !A música vem transformando a vida do cidadão camapuanense e de São Gabriel também, a música transformou minha vida, hoje eu vivo pela música e estou na música e quero continuar na música. A importância de ter uma banda na minha cidade é uma forma de resgate da população da cultura de bandas e fanfarras, você está doutrinando os alunos a ter boas ações em casa, boas ações na escola, e formar um bom cidadão para a sociedade no mundo de hoje. Nós preparamos não só o músico, mas um cidadão de bem para a conviver em sociedade. A Banda Municipal de Camapuã já é bicampeã estadual, nós ganhamos dois títulos importantes, o Campeonato Sul-Mato-Grossense de Bandas e Fanfarras no ano de 2023 e 2024, e este ano nós vamos participar dos festivais, Camapuã já está no quinto ano que nós estamos nas festividades da Federação, já é cultura em Camapuã ter esses eventos da Federação, é muito importante para essas crianças”.
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João Marcelo de Oliveira Golfetti, 19 anos, do município de Nova Alvorada do Sul, toca trompete na Furiosa Band há seis anos. “Eu tenho TDAH, quando eu era criança eu tinha TDAH muito forte, o médico me recomendou fazer uma atividade social, aí eu conheci o maestro Denilson num projeto social em Nova Alvorada do Sul e conforme foi passando o tempo o grau do meu TDAH foi diminuindo e eu estou até hoje com ele e hoje meu grau de TDAH é bem baixo, eu até parei de tomar remédios por causa do projeto social. A música é transformação na minha saúde, na minha vida. Hoje eu faço faculdade de Música e Pedagogia”.
Texto: Karina Lima
Fotos: Ricardo Gomes