O ano de 2025 promete grandes mudanças no cenário político de Mato Grosso do Sul. A eleição acontece só em 2026, mas os partidos precisam definir as fusões antecipadamente, respeitando o período exigido pela Justiça, o que deve provocar mudanças já no próximo ano, antecipando o jogo.
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Com a fusão, os filiados com mandato podem deixar o partido sem perder os cargos para qual foram eleitos, o que deve movimentar as cadeiras principalmente para quem disputará a reeleição em 2026. Seguindo o ditado “quem chega primeiro, bebe água limpa”, a autorização antes da janela partidária, que acontece apenas em 2026, deve fazer muitos deputados pularem de um barco para o outro.
Em MS, filiados ao PSDB aguardam a decisão sobre o futuro do partido, que é o mais cotado para se juntar a outro, já que se apequenou nacionalmente e hoje não tem bom tempo de televisão e nem fundo eleitoral.
O partido conversa com PSD, Republicanos, MDB, Podemos e Solidariedade para decidir sobre federação, fusão ou incorporação, em decisão programada para março. Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja já anunciaram que aguardam essa definição para decidirem onde disputarão a eleição.
Em Mato Grosso do Sul, o partido tem três deputados federais, seis deputados estaduais e quarenta e quatro prefeitos que estão de olho no futuro da sigla, que chegou a ensaiar um namoro com o PL, de Jair Bolsonaro.
Azambuja continua conversando com o ex-presidente, mas já sabe que uma boa parte do grupo não seguirá esse caminho se ele for. É o caso do trio de deputados federais – Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende – que não consideram mudar para o partido. Essa saída de Reinaldo deixaria o trio livre para mudança ou permanência no próprio PSDB, dependendo do futuro da sigla.
Partido Progressista
O Partido Progressista, liderado pela senadora Tereza Cristina (PP), vive situação diferente. O partido continua entre os grande, porque elegeu a quarta maior bancada de deputados federais do País, mas pode ficar ainda maior. Há tratativas para uma fusão com o Republicanos.
Também há possibilidade de uma fusão entre o PSB e o PDT, no grupo das siglas de centro esquerda. Hoje, o PSB é comandado por Paulo Duarte (PSB) em Mato Grosso do Sul. Já o PDT tem como principal liderança o agora vereador eleito, Marquinhos Trad.
A reportagem apurou que a federação não agrada principalmente o PSB, que não vê com bons olhos a aproximação com o ex-prefeito.
MDB
O MDB também está de olho na fusão com outros partidos, o que pode fazer André Puccinelli ter que dividir o poder com PSDB ou Podemos, principais cotados para junção. Uma possível união entre PSDB com MDB faria a sigla ter mais de um terço dos deputados da Assembleia, com nove dos 24.
A união não atrapalharia os planos de André Puccinelli, que já anunciou disputa para deputado ou até senador, sem possibilidade de concorrer com Riedel, forte candidato à reeleição.
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Fonte: Investigams