O cerco contra o crime organizado apertou novamente em Mato Grosso do Sul. Na última semana, o Gaeco do Ministério Público do Estado (MPMS) desencadeou a quarta fase da Operação Successione e expôs a expansão silenciosa de uma organização criminosa que tentava dominar o jogo ilegal em diversos municípios. A nova etapa reforçou o enfrentamento ao monopólio do jogo do bicho e revelou a estrutura financeira robusta que sustentava o grupo.
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Deflagrada no dia 25 de novembro, a operação teve como objetivo cumprir 20 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul. Até o momento, 17 prisões foram efetivadas.
Durante as ações, equipes apreenderam R$ 274,9 mil em espécie, € 1,06 mil em euros, diversas folhas de cheque, além de dois armas de fogo, munições e dezenas de máquinas vinculadas ao jogo do bicho. Documentos, anotações, notebooks e celulares também foram recolhidos, evidenciando o alto nível de organização e a intensa movimentação financeira do grupo.
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Os mandados foram cumpridos em Campo Grande, Corumbá, Dourados, Maracaju e Ponta Porã, além de alvos nos Estados do Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.
As investigações anteriores já apontavam para uma organização criminosa armada, violenta e ativa na exploração de jogos ilegais, corrupção e outros delitos. Integrantes do grupo também foram responsabilizados por roubos com uso de armas de fogo, em disputas pelo controle do jogo do bicho na Capital após o vácuo deixado pela Operação Omertà.
Com o avanço das apurações nesta quarta fase, os investigadores identificaram outros 20 integrantes, entre eles novos líderes, que atuavam para expandir e consolidar o domínio do grupo sobre o jogo ilegal em Mato Grosso do Sul. A organização já exercia influência em vários municípios do Estado.
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A operação contou com apoio operacional dos Gaecos dos Ministérios Públicos de Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul, além de equipes da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, incluindo o Batalhão de Choque, Batalhão de Operações Especiais (Bope), Corregedoria e Força Tática.
