O Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MPMS) recebeu autorização judicial para realizar mais prisões de envolvidos em um esquema de corrupção que atingiu a Secretaria de Educação do Estado. A segunda fase da Operação Turn Off foi deflagrada nesta quinta-feira (6) pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e o Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc). A operação foi motivada pela observação de que, apesar de se tornarem réus, dois dos envolvidos seguiam praticando crimes.
Segundo o MPMS, foram cumpridos dois mandados de prisão e sete de busca e apreensão em Campo Grande. Os alvos das prisões e mandados de busca já eram réus na Justiça desde 2022, mas continuavam cometendo delitos. Os nomes dos presos não foram divulgados.
### Crimes
Os grupos especiais do MPMS identificaram desvios de dinheiro público em várias ocasiões:
– **Compra de uniformes escolares pela Secretaria de Educação do Estado (SEE)**: R$ 5,6 milhões desviados.
– **Compra de produtos médico-hospitalares pelo Hospital Regional em 2023**: R$ 6,5 milhões desviados.
– **Compra de ar-condicionado pela Secretaria de Educação em 2024**: R$ 13 milhões desviados.
### Fase 1
Na primeira fase da operação, em novembro de 2023, foram presos:
– Edio Castro, secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Educação (SED);
– Paulo Andrade, servidor da Apae-MS;
– Andreia Cristina e Simone Oliveira Ramirez, servidoras da Contratação da SED e do Pregão da SAD;
– Thiago Mishima, assessor parlamentar do deputado federal Geraldo Resende (PSDB), ex-secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul.
Flavio Britto, secretário-adjunto da Educação, não foi alvo de prisão na primeira fase. Ele foi exonerado e afirmou ter contribuído com as investigações.