Uma professora de Campo Grande foi resgatada por policiais do Grupo Armado de Repressão a Assaltos, Roubos a Bancos e Sequestros (Garras), manhã desta quinta-feira (25), após passar horas refém de um grupo de criminosos que aplica o golpe do falso sequestro.
Conforme o delegado João Paulo Sartori, no início da madrugada a vítima recebeu uma ligação dos criminosos que disseram que haviam sequestrado a filha dela. Ordenaram que a professora retirasse todos os telefones do gancho, desligasse outros celulares e saísse de casa imediatamente e fosse para um hotel, para continuar com as negociações do falso resgate.
Antes de sair de casa a vítima fez manuscritos com pedidos de socorro e informando a sua localização e espalhou pelo apartamento. Após tentar contato com a professora e não conseguir, familiares foram até o apartamento dela e acionaram o Garras.
A vítima se hospedou em um hotel da avenida Afonso Pena e mediante violência psicológica foi mantida refém dos criminosos, via telefone, até por volta de 11 horas da manhã, quando foi até uma agência bancária e fez duas transferências eletrônicas (TED) para os criminosos, totalizando R$ 80 mil.
Após pagar o falso resgate, a vítima recebeu ordem para se hospedar em outro hotel na Avenida Mato Grosso, para aguardar as próximas instruções dos criminosos, sendo neste momento resgatada pelos policiais do Garras, que informaram se tratar do golpe do falso sequestro.
Conforme o delegado Sartori, a equipe do Garras intermediou contatos junto ao banco em que a vítima mantém conta, conseguindo reaver R$ 78 mil reais. Os outros R$ 2 mil já haviam sido sacados pelos criminosos.
As investigações do Garras terão prosseguimento para identificar os responsáveis pelo golpe e os titulares das contas bancárias onde a vítima depositou o dinheiro.
Orientações do Garras
O Garras orienta que em casos como este, as pessoas telefonem ou enviem mensagens para familiares para confirmar que todos estão bem ou procure imediatamente a polícia. Além disso, evite atender ligações de números desconhecidos e em hipótese alguma forneça dados ou informações bancárias, números de documentos, nomes, sobrenomes ou endereço de familiares.