História de 'seo' Aluízio chega ao fim trágico após quase 6 meses de buscas e comove MS

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História de 'seo' Aluízio chega ao fim trágico após quase 6 meses de buscas e comove MS

Um ponto final. Como uma velha história, com começo, meio e fim. O fim, no entanto, não foi como a família gostaria que fosse, mas o sentimento de alívio, com saudades, pairou durante a tarde de quinta-feira (27), em meio a notícia do achado da ossada humana que em poucas horas seria confirmada como de ‘seo’ Aluízio Pereira da Cruz, de 88 anos.

Coube a Ivani de Souza Pereira, de 60 anos, filha do idoso, a responsabilidade por reconhecer cada traço do boné do Palmeiras, clube do coração de seu pai, da jaqueta que ela própria deu de presente para a quem criou e, principalmente, a correntinha de ouro com um crucifixo, que ele não tirava de jeito nenhum, todos encontrados com a ossada.

A filha esteve na 7° Delegacia de Polícia Civil, onde foi lá que o sentimento de alívio finalmente aflorou e buscas por respostas finalmente chegou ao fim. “Vou morrer de saudades do meu pai, mas agora eu sei onde ele está, eu sei que ele está com Deus”.

O leitor do TopMídiaNews pôde acompanhar a saga da família Pereira durante os últimos meses. Foram quase seis meses de angústia, sofrimento, mas que no final, virou uma mistura de sentimentos. Para quem não se lembra, a história de Aluízio começa no dia 5 de novembro de 2022, com familiares reportando o desaparecimento do idoso.

Em meados de novembro, Ivani e sua família já não sabiam mais o que fazer, tampouco onde procurar. Naquela altura das buscas, a maior preocupação com o idoso era pelo fato dele ter diagnóstico de Parkinson e Alzheimer. Até uma ‘motocada’ foi realizada para encontrá-lo, mas os esforços não tiveram êxito.

As festividades do final do ano passado foram trocadas pelo sentimento de tristeza. Ali, o sentimento era evidente que algo de mais grave poderia ter acontecido com ‘seo’ Aluízio. Ressalva-se que o mal cheiro da decomposição do corpo da vítima aconteceu em meados de janeiros, conforme relatos de vizinhos à polícia.

Fevereiro de 2023. Três meses sem notícias. A família procurou em todos os lugares possíveis e impossíveis e não havia nenhuma pista. Mas, como dizia o ditado: a esperança é a última que morre e dentro da filha, ela não morria pelo fato de encontrar relatos de outras famílias que idosos com Alzheimer que desapareceram de casa foram encontrados em outras cidades.

Ao TopMídiaNews, que sempre abriu espaço para a família, a filha dizia que Aluízio era pernambucano e que morou em Cuiabá, no Mato Grosso, podendo gerar a hipótese de que ele estivesse viajado, por engano, para o Estado ou até mesmo a cidade cuiabana.

Chegamos a março deste ano com quatro meses de ausência de ‘seo’ Aluízio. Nessa época, Ivani relatava que a família rodou por várias cidades do interior de Mato Grosso do Sul, mas que nada era encontrado a respeito do idoso. O desespero era evidente, nítido e sentido.

E foi em abril, no final do mês, que a família finalmente recebeu uma notícia. Faltavam exatos oito dias para que o tempo de desaparecimento chegasse a seis meses, mas a angustiante busca chegou após o telefonema da delegacia para a ida até à unidade com um propósito: reconhecer possíveis objetos ligados a Aluízio, pois uma ossada humana, no Jardim Panamá, local de desaparecimento do idoso, foi encontrada.

Não restavam dúvidas que ali, na ala de espera de atendimento na 7ª Delegacia de Polícia Civil, o último ato da busca seria finalizado. Ivani reconheceu todos os objetos encontrados com a ossada e deu o veredito: eram do seu finado pai, que havia descansado há alguns meses – a perícia e exames determinarão o tempo de morte.

“É uma mistura de sentimentos. Ela [esposa de Aluízio] precisava dessa resposta, nós precisávamos dessa resposta. Estou aliviada. Estou sofrendo? Estou sofrendo, é meu pai. Agora nós podemos descansar, minha mãe principalmente, porque minha mãe está sofrendo demais e ela queria uma resposta, e a resposta dela chegou”, disse a filha.

Chegava ao fim da busca por seu Aluízio, que agora receberá um enterro digno por parte da sua família, que nunca poupou forças para encontrá-lo.



Fonte: Top Mídia News