Liga de Esportes rompe acordo e novo impasse no “Artur Marinho”

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Liga de Esportes rompe acordo e novo impasse no “Artur Marinho”

Reunião entre os dirigentes na prefeitura: não houve avanço (foto-divulgação)

A decisão da Liga de Esportes de Corumbá (LEC) de romper o acordo com a prefeitura na gestão compartilhada do Estádio Arthur Marinho, firmado em 2023, coloca em risco a participação do Corumbaense no Campeonato Estadual do próximo ano, que começa em 18 de janeiro. A liga e o clube não têm uma boa relação e a situação se agravou com acusações mutuas sobre a troca de cadeado do portão do estádio, que virou caso de polícia.

A suspensão do contrato, onde o município assumiu a administração do estádio por dez anos, por intermédio da Fundação Municipal de Esportes (Funec), também gerou um conflito que deve avançar para o campo jurídico. O presidente da liga, Ronaldo Pereira Vieira, alega que a prefeitura não cumpriu o acordo na manutenção do estádio, referindo-se a gestão do ex-prefeito Marcelo Iunes, enquanto é acusado de tomar uma decisão unilateral.

“Ele não tem legitimidade para tomar a medida, sem ouvir seus clubes filiados e dialogar com a prefeitura, como se fosse o dono do estádio”, aponta a assessoria de gabinete do prefeito Gabriel Alves de Oliveira. A prefeitura alega ainda dificuldades administrativas para fazer algumas intervenções no Arthur Marinho devido às ingerências do presidente da liga. “Até para trocar uma lâmpada tem que pedir autorização para ele”, cita a fonte.

Sem valor jurídico

Reunião realizada na segunda-feira entre o presidente da liga e representantes da prefeitura não avançou um possível entendimento, onde ficou explicita a posição contrária da entidade quanto ao uso do estádio pelo futebol profissional, ainda que a praça de esportes seja a única alternativa do Corumbaense para cumprir exigências de mando de campo no Estadual.

Falta bom senso

Para a administração municipal, a ruptura contratual sem embasamento jurídico, tomada exclusivamente pela liga e decisão pessoal do seu presidente, “desestrutura a gestão do estádio Arthur Marinho e interrompe o planejamento esportivo municipal”. E aponta que a medida “concentra poder na liga, que não tem recursos financeiros para manter o estádio, e ignora impactos esportivos, sociais e operacionais para a cidade”. 

A Câmara de Vereadores de Corumbá deverá entrar nesta discussão, inclusive com possibilidade de abertura de uma investigação mais detalhada sobre a contabilidade gerida pelo acordo de gestão compartilhada. Há informações de que o pagamento pela cedência do bar do estádio pela liga teria sido depositado em conta de pessoa física. “Nosso futebol não pode ficar refém de uma pessoa que não tem bom senso”, afirma o presidente da Casa, vereador Bira.

O impasse, no entanto, pode ser resolvido com o fim do mandato de Ronaldo Vieira, que termina em 31 de dezembro, enquanto a eleição da nova diretoria, realizada recentemente, está sub judice por supostas irregularidades. 

Com Silvio Andrade/especial

Fonte: esportems.com.br

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