O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou a demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, nesta quarta-feira (23), após a deflagração da operação Sem Desconto pela Polícia Federal. A ação investiga um esquema bilionário de descontos indevidos sobre aposentadorias e pensões, revelado por reportagens do portal Metrópoles.
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Além de Stefanutto, foram afastados outros quatro membros da cúpula do instituto: Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho (procurador-geral), Giovani Batista Fassarella Spiecker (coordenador-geral de Atendimento), Vanderlei Barbosa dos Santos (diretor de Benefícios) e Jacimar Fonseca da Silva (coordenador de Pagamentos).
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A PF cumpriu 211 mandados de busca e apreensão e prendeu seis pessoas no DF e em 13 estados. Veículos de luxo, como Ferrari e Rolls-Royce, e mais de US$ 370 mil em espécie foram apreendidos. Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Passos, o esquema desviou cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
As investigações revelaram que entidades cobravam mensalidades sem autorização de aposentados. Em muitos casos, os beneficiários sequer conheciam as instituições, mas tiveram descontos mensais de até R$ 77 aplicados diretamente em seus benefícios.
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Após as denúncias, o INSS abriu investigações internas e exonerou André Fidelis, ex-diretor de Benefícios. A Controladoria-Geral da União (CGU) e a PF seguiram com as apurações que culminaram na operação desta quarta-feira.
Durante coletiva, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que Lula demonstrou preocupação com o caso e pediu detalhes. “É uma ação para proteger os aposentados, que foram vítimas fáceis de criminosos que se apropriaram de suas pensões e aposentadorias”, destacou.
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A Operação Sem Desconto segue em andamento, com o objetivo de identificar todos os envolvidos e garantir a reparação aos milhares de beneficiários lesados.