Durante um comício realizado nesta terça-feira (23), em Aragua, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou o sistema eleitoral brasileiro, alegando, sem apresentar evidências, que os resultados das urnas eletrônicas no Brasil não são auditados.
“Temos o melhor sistema eleitoral do mundo. Em que outra parte do mundo se faz isso?”, afirmou Maduro.
Além do Brasil, Maduro também criticou os processos eleitorais dos Estados Unidos e da Colômbia, alegando que, nesses países, os votos também não são auditados. A íntegra do discurso foi compartilhada em sua conta oficial na plataforma X.
#### Contexto com Lula
As declarações de Maduro vieram após o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, enfatizar que o líder venezuelano deve respeitar o processo democrático e os resultados das eleições na Venezuela, previstas para o próximo domingo (28). Lula expressou, em entrevista no Palácio da Alvorada, que ficou surpreso com a menção de Maduro a um possível “banho de sangue” em caso de derrota.
“Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender: quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”, comentou Lula.
Em resposta, Maduro afirmou que “quem se assustou que tome um chá de camomila”, defendendo que sua declaração foi uma reflexão e que o povo venezuelano está acostumado com desafios, reafirmando que a paz prevalecerá na Venezuela.
#### Auditoria de Urnas no Brasil
Contrariamente às alegações de Maduro, o sistema eleitoral brasileiro é rigorosamente auditado. No Brasil, partidos ou coligações podem fiscalizar todas as etapas da votação e a apuração dos votos, além do processamento eletrônico dos resultados. A legislação permite que partidos políticos contratem empresas privadas para realizar auditorias do sistema eleitoral, seguindo critérios específicos para acessar os programas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que são atualizados em tempo real pelo sistema oficial de apuração.
