Uma nota técnica elaborada pela Casa Civil do Governo Federal revelou que ao menos 25 mil pessoas estão residindo em regiões suscetíveis à ocorrência de deslizamentos, enxurradas e inundações em Mato Grosso do Sul. O documento, parte dos estudos para o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em 2023, destacou que 29 municípios do estado estão sob risco de desastres naturais devido às chuvas.
De acordo com a nota, 22 desses municípios estão em risco de inundações e enxurradas, enquanto sete também enfrentam a possibilidade de deslizamentos de terra. O alerta abrange áreas em diferentes regiões do estado, incluindo grandes cidades como Campo Grande, Três Lagoas, Corumbá e Dourados.
O estudo ressalta que, embora 25 mil sul-mato-grossenses estejam identificados como vivendo em áreas de risco, esse número pode ser ainda maior, considerando que alguns municípios listados não divulgaram informações sobre a população em locais perigosos.
Batayporã se destaca no levantamento devido à proporção de residentes em áreas de risco em relação à sua população total. Segundo o estudo, 10.000 pessoas vivem sob a ameaça de enxurradas e inundações em um município com uma população estimada em 10.712 habitantes, conforme o último censo do IBGE.
Outras cidades listadas incluem Aquidauana, com 2.650 pessoas em risco de enxurradas e inundações; Corumbá, onde 1.429 residentes enfrentam perigos de deslizamentos, enxurradas e inundações; e Ponta Porã, com 1.710 moradores também sujeitos a enxurradas e inundações.
A pesquisa, de alcance nacional, identificou 1.942 municípios brasileiros suscetíveis a deslizamentos, enxurradas e inundações. Entre eles, estão 142 municípios do Rio Grande do Sul, incluindo áreas afetadas pelas recentes inundações, como Eldorado do Sul e Porto Alegre.
Elaborado com a colaboração de outros ministérios, como Integração e Desenvolvimento Regional; Cidades; Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia, o estudo atualizou uma lista de 2012 das cidades sob risco. Os critérios para inclusão na lista incluem registros de óbitos, desalojamentos e desastres entre 1991 e 2022, além da vulnerabilidade a inundações conforme o “Atlas de Vulnerabilidade a Inundações da ANA” (2014).
A Secretaria de Estado da Casa Civil de Mato Grosso do Sul foi contatada para comentar sobre o estudo divulgado pelo Governo Federal. Aguardamos seu retorno.
