O humorista Marcelo Marrom se manifestou nesta sexta-feira (6) sobre a condenação de Leo Lins a 8 anos e 3 meses de prisão por piadas discriminatórias. Em vídeo publicado nas redes, o humorista criticou colegas milionários que defenderam Lins apenas com declarações e ironizou a situação com falas controversas.
A reação veio após Lins ser sentenciado por conteúdo ofensivo durante o show “ Perturbador ”, realizado em 2022 e divulgado no YouTube.
No vídeo, Marrom critica comediantes como Rafinha Bastos, Danilo Gentili e Maurício Meirelles.
“ Todos eles são muito milionários, né? Eu fiquei pensando: o que eles fizeram pelo Leo Lins? Fazer um vídeo para defender é muito pouco ”, declarou.
O humorista seguiu dizendo que, como cristão, buscou uma maneira “ prática ” de ajudar.
“ Comprei cigarro que na cadeia vale ouro. Estou te dando minha Bíblia também. Se converter na cadeia facilita ”, disse.
Marrom também citou a entrega de um gel íntimo ao colega: “ KY. É de coração. Eu tô com você, meu irmão ”.
“Vou comer seu toba”, diz Marcelo Marrom em vídeo polêmico
O tom do vídeo se intensificou nos minutos finais, com frases de cunho sexual.
“ Ô, Léo Lins, vê se não se chateia, porque com certeza vou comer seu toba na cadeia ”, cantou.
Em seguida, completou: “ Vou te levar um par de meia, porque com certeza vou comer seu toba na cadeia ”.
Nas redes sociais, internautas se dividiram. Enquanto alguns apontaram sarcasmo e crítica social no discurso, outros acusaram Marrom de oportunismo e falta de empatia com vítimas de discursos de ódio.
Condenação
A sentença contra Lins foi proferida pela juíza Barbara de Lima Iseppi. A Justiça considerou que as piadas ultrapassaram os limites da liberdade de expressão, incitando violência contra grupos vulneráveis.
Além da prisão, Lins foi condenado a pagar R$ 303.600 por danos morais coletivos e multa de 1.170 salários mínimos. A defesa informou que pretende recorrer da decisão.
O vídeo original do show já ultrapassou 3 milhões de visualizações. O conteúdo aborda temas como racismo, pedofilia, tragédias, abuso sexual e minorias.