Saiu há pouco, na manhã de hoje (1), decisão que coloca Darlene Luiza Borges, apontada como “gerentona” do esquema do Jogo do Bicho em Campo Grande, em liberdade. Ela que seria responsável pela movimentação de milhões de reais oriundos da jogatina foi presa em dezembro de 2020, na 6° Fase da Operação Omertà denominada “Black Cat”.
Conforme a decisão, o Ministro Rogério Schietti Cruz concedeu liminar restabelecendo decisão do Juiz Roberto Ferreira Filho e mantendo as mesmas medidas cautelares anteriores, como o mesmo valor de recolhimento de fiança (de dez salários mínimos), uso de tornozeleira eletrônica e permanência domiciliar com saída autorizada apenas para o trabalho.Também determinou que ela fique à disposição da Justiça.
Coletiva
Ao lado do advogado José Roberto da Rosa, na manhã seguinte, ela admitiu que trabalhou para a atividade que é proibida no Brasil sendo considerada contravenção, para garantir o sustento da família.
Na entrevista coletiva, a mulher disse que prestou serviço no escritório do Jogo do Bicho, no setor administrativo. “A minha função era pagar todas as despesas do escritório e de mais lugar nenhum. Tudo que soube sobre essa suposta milícia foi pela televisão. Não sou essa “gerentona” que dizem”, defendeu.
Darlene também disse que acredita na justiça de Deus e dos homens para o desfecho da acusação que pesa contra ela. “Estou aqui porque não tive voz até agora”, argumentou diante dos profissionais de comunicação.
Paralelo às atividades no Jogo do Bicho, Darlene mantinha em casa uma loja para venda de semijoias e lingerie, a qual ela alega que abriu com economias.